Sim, amigos e vizinhos: eu continuo apaixonado por Beth Hart. Estou ficando repetitivo, que droga.
Beth Hart trabalhou com vários músicos importantes – mas sua associação mais frutífera é com o guitarrista de blues Joe Bonamassa.
O estilo de ambos se completa de uma forma harmônica e perfeita – e não apenas musicalmente falando: Joe é contido, elegante, sutil até quando desliza em solos magníficos. Beth… bom, Beth Hart apenas É. Intransitiva. Doce-amarga. Intempestiva. Uma espécie de elemental feroz. Predadora voraz.
‘Cês acham que exagero? Reparem como Joe Bonamassa se mantém à distância segura de Beth, quando ela aproveita o solo de guitarra e dança para ele, as mãos sugestivamente deslizando no baixo-ventre. Nessa hora, eu sinto – e o guitarrista também – que a energia sexual de Beth Hart poderia mover uma turbina de uma usina hidrelétrica.
A mãe de Joe não criou um filho besta. Tigres são belíssimos – mas não permita que se aproximem.
Não deixe Beth chegar perto.
Ainda mais quando ela dança daquele jeito, atávica, deusa ancestral.
Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.