Fui comprar uma e outra coisinha das quais necessitava. Qual o nome que o pessoal do nordeste usa, mesmo? Biboquinhas? Sei lá.
Enfim, fui porque tinha que ir – se não fico me pavoneando como aqueles reis Leônidas de redes sociais, que se acham mais machos que os outros e tripudiam de quem protege sua vida e dos que lhe são queridos, também não me enclausuro em um castelo que construí com as pedras do caminho. Aliás, Fernando Pessoa nunca disse isso, viu, pare já de propagar essa asnice.
Aproveitei e fui comer no Fifties, uma das hamburguerias que mais gosto. E fiquei triste. Não pela batata trufada aí da foto, uma das minhas preferidas. É que cheguei ao restaurante às 12.30h – e minha mesa foi a ÚNICA ocupada por todo o período em que permaneci lá.
O Fifties nunca foi tão procurado quanto o Outback, por exemplo, embora seus hambúrgueres sejam tão bons quanto e mais baratos. Antes da pandemia, aos sábados, sempre era possível achar uma mesa vaga. Durante a semana, como hoje, ficava mais vazio, mas sempre com uns dez ou mais ocupantes.
Hoje, minha mesa foi a única. A única.
Sem entrar em cansativas discussões sobre quem tem ou não razão, por favor: só fiquei triste por verificar, mais uma vez, in loco, a quantidade de pessoas que tiveram suas vidas atingidas.
Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.