6 de outubro de 2024
Colunistas Ilmar Penna Marinho

O pior cego é aquele que não quer ver

A “tenebrosa” mídia brasileira num jornal que cotidianamente “deturpa as informações e só faz fofocas”, personalizou o significado léxico da palavra entre aspas.

Segundo o pai dos burros, o Aurélio, “para quem não conhece a língua ou a conhece mal”, “tenebroso” significa: “Cheio ou coberto de trevas, escuro, cavernas de trevas…

No sentido figurado, significa horrível, terrível, repleto de escuridão ou “um lugar mergulhado em trevas profundas ou algo secretamente de más intenções”.
Ou “merecedor de desdém; que se deve desprezar por ser malévolo”.

O dicionário bíblico adverte: “Dai glória ao SENHOR vosso Deus, antes que venha a escuridão e antes que tropecem vossos pés nos montes tenebrosos!” – Jeremias 13:16)

Será que o Brasil do dia 12 setembro de 2021 caminhou para a escuridão?

A editorialista do O GLOBO usou “tenebroso” para falar mal do Presidente Bolsonaro.

Se falasse bem, poria em risco o emprego. Adjetivou de modo politicamente calunioso.

Nunca se viu tamanha publicidade prévia numa manifestação de rua contra um genocida-presidente da República, programada para o domingo, 12 de setembro de 2021.

Os preparativos ficaram a cargo do MBL (Movimento Brasil Livre) .

Era um ambicioso movimento popular a ser realizado em pelo menos 17 capitais.

Num ambiente de tensão e de temor de uma crise institucional, o Supremo ameaçou o Presidente da República de “crime de responsabilidade”, sem que abrisse uma investigação prévia do seu impeachment.

O MBL tentou criar uma ampla Frente Nacional, mas as suas tentativas não vingaram.

Subestimou a árdua missão de ter de encher as ruas com uma multidão mais volumosa do que a grande maioria de brasileiros que apoia com entusiasmo patriótico o “Mito”.

Tentou desesperadamente unir no “Fora Bolsonaro” as desvalidas forças da oposição, surradas nas eleições de 2018 e comprometidas numa campanha de ódio para criar o caos institucional e propiciar as condições de volta ao poder e às mamatas perdidas.

Confiaram demais nos discursos demagogos que uniriam a Nação e lotariam as ruas.

A mesma Nação de que quando foram governo a pilharam.

Cegamente, não viram que a oposição estava dividida, muito antes do 12 de setembro.

Não quiseram ver que a “união antifascista” só existe nas trevas.

Enquanto cresciam as críticas de renomados juristas contra as arbitrariedades e o autoritarismo do Supremo, que julga, investiga, legisla e persegue patriotas, o MBL teve de lidar com a recusa do PT de participar do evento, justo quando a sórdida mídia, por interesses futuros, apostava no falso “favoritismo do Lula”, em 2022.

Os petistas não aderiram ao “Fora”, por estarem ressentidos das pregressas passeatas do MBL anti-LULA e por terem mobilizado apoios a favor do impeachment da desvairada Dilma.

O MBL usou nas manifestações “camisetas brancas” para publicitariamente encobrir as vermelhas camisetas comunas e para camuflar o tenebroso desespero da esquerda, rachada, sem rumo e sem futuro, perdida na escuridão das trevas profundas.

Tudo deu errado no domingo 12 de setembro de 2021: contava-se nos dedos os poucos participantes, “ merecedores de desdém”.

Foi um histórico vexame, tóxico para uma esquerda em crise de identidade.

Que Deus abençoe a escolha do poder que emana do povo brasileiro no glorioso 7 de setembro, que encheu as ruas embandeiradas de verde amarelo com esperança e confiança no Chefe da Nação.

Ilmar Penna Marinho Jr

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

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