3 de maio de 2024
Colunistas Ilmar Penna Marinho

Em busca da memória perdida

Nos 7 volumes “Em Busca do Tempo Perdido”, Marcel Proust contou com a sua prodigiosa memória para romancear a sua vivência “escondida no inconsciente”.

O que seria do escritor se tivesse esquecido o seu passado emocional durante a escrita.

Nesses tempos pandêmicos, talvez sofresse de lapsos de memória, devido ao aumento do estresse e da ansiedade ou ainda pior se associada à depressão, alterações do sono e uso intenso de sedativos.

Até que ponto a memória falha nos gatilhos que revisitam os fatos passados?

Quantas pessoas ainda se lembram das consequências da morte prematura do Ministro Teori Zavascki do Supremo na misteriosa queda do avião, em Paraty, em 2017?

Justo no auge da homologação das delações de executivos da empreiteira Odebrecht. O Ministro foi o saudoso Relator e fiador da Operação Lava Jato no STF.

Empenhou-se para que todos os processos contra políticos fossem remetidos e julgados no Supremo, inclusive as ações envolvendo Lula.

Quem recebeu a herança da maioria dos processos de Zavascki, e também a Relatoria, foi o mais novo integrante da Corte na época, o Ministro Edson Fachin, que ocupou a vaga de Joaquim Barbosa, que antecipara em 10 anos a aposentadoria compulsória.

Fachin foi indicado ao Supremo pela presidentA Dilma, grata pelo apoio conferido à sua candidatura presidencial no 2º turno das eleições de 2010.

Vídeos na internet mostram Fachin (Professor da UFPR), liderando um grupo de juristas na PUC-SP, lendo um demagogo Manifesto pró Dilma.

Contra a sua indicação, além do “buzinaço”, houve a reprovação do líder do DEM, Senador Ronaldo Caiado, por sua identificação “política e ideológica com o PT e a presidente Dilma”.

Fachin, sabendo que os votos dos Togados petistas soltariam Lula da prisão de Curitiba, em 07/11/2019, votou a “favor da prisão em 2ª instância” no STF, numa fingida discórdia.

Consumada a vitoriosa conspiração da soltura de Lula, na sua autoridade de ilibado Guardião Constitucional, pode julgar o pedido de habeas corpus da defesa de Lula, e anular, em 08/03/2021, monocraticamente, “todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula pela Justiça Federal no Paraná”, relativas às investigações “do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e das 2 ações relacionadas ao Instituto Lula”.

O que autorizou o ex-presidiário-ex-Ficha-Suja ser candidato presidencial na eleição de 2022.

O Ministro Alexandre de Moraes, ao assumir a Presidência do Tribunal Superior Eleitoral, herdou o contestado sistema de urnas eletrônicas, arduamente defendido por Fachin, que sempre ameaçou, como Ministro do STF e Presidente do TSE, repelir com energia “num esquema de responsabilização judiciária” as “fake news” antilulistas, que encorajam a “desestabilização do tabuleiro democrático”.

À vista do bem-sucedido conluio dos Togados do Supremo para que o ex-presidiário Lula seja um vitorioso candidato presidencial, a vigília democrática está em estado de alerta para que a memória não esqueça NUNCA a tenebrosa era dos governos petistas e atue como uma força coletiva unificadora, capaz de impedir pelo voto a volta do passado lulista de corrupção e de miséria para o povo.

Os patriotas de um Brasil com ordem e progresso estarão nas ruas de bandeira verde amarela para se fraternizarem no glorioso 7 de Setembro e antecipar a vitória da Democracia no dia 3 de outubro.

Que Deus abençoe o Brasil.

Ilmar Penna Marinho Jr

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

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