25 de abril de 2024
Veículos

S10 Z71 aumenta time de “tunados de fábrica” da Chevrolet

A picape que abre este post é a nova opção Z71 da Chevrolet S10. Na prática, uma versão “tunada” da mesma S10 atualmente oferecida com os acabamentos LS, LT, LTZ e High Country. Posicionada em termos de preço no meio dessa gama (entre a LT e a LTZ, ao preço inicial de R$ 260.490), ela incorpora uma série de itens estéticos e acessórios que a destacam e, segundo a montadora, dão a ela um perfil “mais jovem e aventureiro”.

Acho essas versões e séries incrementadas – ou “esportivados”, como muitos chamam – interessantes, pois embora não costumem trazer diferenças mecânicas em relação às demais, acabam por dar aos modelos retoques que destacam determinadas linhas e, por que não, tornam os carros mais próximos daqueles que estão na fantasia de muitos motoristas. Não fosse assim, não teríamos um mercado tão grande e variado de acessórios avulsos, com que muita gente procura fazer com que o seu possante seja “único”. As montadoras perceberam isso há tempos e, na medida do possível, procuram ocupar uma parte desse mercado. E nisso, a Chevrolet tem investido – e, ao meu ver, acertado – bastante.

Assim como a Z71, a marca oferece outras versões “modificadas de fábrica” bacaninhas para a linha Onix, a RS, para o hatch, e a Midnight Premier, para o sedã (abaixo).

O leitor pode achar – e tem o direito, pois a coisa toda é, antes de tudo, uma questão de gosto, mesmo – que adicionar faixas, spoilers, aerofólios e outros “enfeites” a carros que não recebem sequer um cv a mais de potência, algo, digamos, fútil. Mas carro, não esqueçamos, não se escolhe apenas com o lado racional. Fosse assim, todos eles seriam muito parecidos, o mais próximos possíveis, quem sabe, do máximo de eficiência que se pudesse tirar de um veículo. Ou seja, seriam lentos, mais ou menos do mesmo tamanho e todos com linhas muito aborrecidas.

Tive a oportunidade de testar esses dois modelos que mencionei acima. O primeiro deles, o Onix Plus Midnight, nasceu como uma série especial temporária (que é o você vê nas fotos), um pouco menos equipada que a atual, mas com o visual predominantemente preto que indica seu nome.

O Onix Plus (veja aqui um test-drive com o modelo, na época de seu lançamento) é um carro interessante e, não faz muito tempo, foi indicado como o mais econômico do país. Rodas, emblemas, bancos, forração interna e outros detalhes seguem a receita escura, que dão ao modelo um certo ar descolado-sofisticado.

Só estranhei que a forração interna do teto fosse clara. Isso talvez para dar uma sensação de mais espaço dentro da cabine, que sabe. Mas acho que o pretinho, também ali, pegaria bem. Até porque é essa a cor do material que reveste o teto de seu irmão hatch esportivo, o RS (abaixo).

Neste, a combinação de grafismos, spoilers, aerofólio e acabamentos internos é bastante feliz. Sem custar tanto quanto as opções topo de linha Premier, ele passa uma boa impressão, também, com seus bancos forrados em tecido e material sintético, com um jeitão esportivo, e um bom pacote de itens de série, representando, na prática, uma boa relação custo-benefício.

Ambos os modelos/versões são equipados com a mesma mecânica, motor 1.0 de três cilindros turbinado, que gera até 116 cv de potência e 16,8 kgfm de torque, acoplado a um câmbio automático de seis velocidades. É o suficiente para tornar sua condução até divertida, embora ele seja claramente calibrado para proporcionar mais conforto que emoções.

Bom, mas bem que eu – e certamente muitos outros entusiastas – curtiria mais esses carros, especialmente o RS, se sob o capô ele trouxesse a configuração de 1.2 litros desse motor, que equipa o Tracker mais caro, e que rende até 133 cv de potência, com 21,4 kgfm de torque. Juntando a isso um câmbio manual de seis marchas – ou, pelo menos, borboletas para a troca manual das velocidades atrás do volante –, a receita seria ainda mais apetitosa.

Mas, claro, custaria mais caro e, provavelmente, transformaria o carro em um daqueles que a gente quase nunca vê pelas ruas. Não se pode ter tudo.

Fonte: Blog Rebimboca

Henrique Koifman

Jornalista, blogueiro e motorista amador.

Jornalista, blogueiro e motorista amador.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *