30 de abril de 2024
Veículos

A Kombi é a tal

Fotografei, com o celular, a bela Kombi que você vê na montagem deste post há duas semanas, em pleno trânsito engarrafado de Copacabana. Além de suas cores e estado de conservação, o que me chamou a atenção inicialmente foi o fato de ela ter essas pequenas janelinhas, ou “vigias”, instaladas sobre suas janelas laterais. Que eu saiba, esse acessório nunca esteve disponível nas unidades desse modelo da primeira geração fabricada no Brasil, de 1957 até 1975. As janelinhas eram comuns na Europa e nos EUA, onde, em uma certa época, a Kombi com essa configuração era chamada – vejam só – de Samba.

O trânsito ficou um pouco mais livre, na Avenida Atlântica que àquela hora estava com suas faixas reversíveis abertas, e aí um segundo detalhe me impressionou: a aceleração do carro. Com pneus um pouco mais largos e baixos que o padrão original, ela ganhou velocidade com uma rapidez que jamais seria capaz de conseguir com seu motor de 1.200 ou 1.500 cilindradas original.

“Essa Kombi está tunada”, concluí com meus botões, enquanto tentava acompanhar seu ritmo pela pista, sem desrespeitar as normas do trânsito e da boa educação.

Rápida e fagueira

Pelo ruído que ouvi do motor, ao emparelhar com o carro, ele seguia sendo um VW boxer, refrigerado a ar, como era padrão nos Volks dessa época. Mas provavelmente recebeu um bom “upgrade” de potência, e é também provável que as relações de marchas do carro tenham sido alteradas – que eu me lembre, a primeira marcha original da Kombi é bem curta.

A reluzente minivan andava junto ou na frente de modelos muito mais novos – mas, atualmente, talvez bem mais baratos que ela. Isso porque a “VW Bus”, como também a chamam os americanos, é um dos modelos clássicos mais valorizados já faz um tempo, tanto que tem gente caçando exemplares antigos como esse, em bom ou mesmo em mau estado, para vender a colecionadores no estrangeiro. Mais um pouco e essa caça predatória vai tornar essas corujinhas (este, um apelido brasileiro) extintas por aqui.

Quanto a essa vermelha e branca aí, acabei perdendo-a de vista no trânsito, novamente amarrado, pouco depois de chegar a Botafogo.

Fonte: Rebimboca Comunicação

Henrique Koifman

Jornalista, blogueiro e motorista amador.

Jornalista, blogueiro e motorista amador.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *