Bruno Covas morreu. Escrevi sobre ele no diário de ontem. Aquele diagnóstico de situação irreversível foi o bastante para acreditar que não escaparia. Há sempre o espaço para um milagre. Não aconteceu e perdemos um jovem político que discutia ideias e rejeitava o ódio, algo raro num país tão polarizado.
Escrevi um artigo para o Globo falando da lição de casa que a pandemia nos deixa. Ele é baseado num relatório internacional liderado pela ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, Helen Clark.
O problema é que ainda não superamos a crise mais aguda e é preciso aprender combatendo.
Digo isso porque foi detectada pela Anvisa a chegada de um indiano com Covid-19 no Maranhão.
Creio que ainda podemos evitar a chegada da variante Indiana, a P.617.2.
Os ingleses estão trabalhando também para evitar a chegada dessa variante. Creio que lá é até mais difícil pois o volume de trocas e relações humanas entre os dois países é muito maior.
Pelo que eu li, o Brasil está trabalhando no sentido certo. Colheu-se o material e o vírus sera geneticamente mapeado. O homem está isolado e o barco em que ele chegou está de quarentena. Todos os tripulantes e passageiros têm de se submeter a testes antes de serem liberados.
É o procedimento correto. Alguns países fazem isso hoje com qualquer tipo de viajante, mesmo não havendo suspeita. As pessoas ficam confinadas em hotéis e suas refeições são colocadas na porta do quarto.
Com essa interrupção das vacinas, no momento, o Brasil precisa tomar cuidado para evitar uma terceira onda. Muitos que dependem da segunda dose da Coronavac estão preocupados. Os que tomaram a Astrazeneca começam também a se perguntar se terão sua última dose no momento certo.
Morreu a atriz Eva Wilma, com 87 anos. Segundo os jornais, a causa da morte é câncer do ovário. Leio que é uma doença meio silenciosa. Quando muitas se dão conta, já houve metástase e a situação se complica.
Os tempos estão difíceis. Temos falado muito dos mortos, dos internados, dos que escapam da pandemia.
Alguns são amigos anônimos, a gente fica esperando notícias que vêm do hospital para suas famílias. O hospital manda um zap. Aqui muito perto, um casal foi internado e tem um filho com necessidades especiais. Foi preciso chamar o irmão mais velho para cuidar dele.
Mais do que um zap, fico esperando a volta deles, gente simples e honesta que precisa viver e, quem sabe , realizar um dia o sonho de voltar para a Paraíba.
O sol no Rio continua muito tímido, mas há promessas para a manhã de segunda. Hoje à noite trabalho , é um domingo carregado de notícias, algumas delas, como viram, muito tristes.
Fonte: Blog do Gabeira