Com a segunda onda batendo forte nos EUA e na Europa, São Paulo apresenta agora um grande número de internações em hospitais particulares. Pode estar começando uma segunda onda de covid-19 no Brasil.
Isso chegou a ser previsto no meio do ano. Mas é sempre muito difícil. Não sabemos a intensidade, se houve mutação no vírus, qual a política possível para uma população cansada da quarenta e minada pela visão negacionista do presidente.
Leio que nos Estados Unidos começa uma discussão sobre a complexidade da vacina da Pfizer, algo, na sua proporção, inédito para o sistema de saúde.
Não sei se o Ministério da Saude brasileiro está se preparando bem para essa etapa. Confio na Fundação Oswaldo Cruz e no Butantã. Sei que temos experiência em sistemas de imunização. Mas acho o Ministro Pazuello muito dependente de Bolsonaro e ainda não recuperado da Covid-19 que contraiu.
Tristeza no Rio com o assassinato de um cineasta tão jovem e talentoso, Cadu Barcelos. Não o conheci, mas leio depoimento de seus amigos e um artigo de Cacá Diegues.
A Fundação Palmares quer tirar de Milton, Gil, Martinho da Vila e Elza Soares o titulo de personalidades negras. Querem dá-lo apenas aos mortos que compartilharem os “princípios do estado”. Estão brincando. Não se tira o que está enraizado na admiração do povo brasileiro.
Li hoje que saiu o volume de memórias de Barack Obama, A Promised Land. Creio que será uma boa leitura. Trump continua com sua birra nos Estados Unidos e parece que nem a própria mulher o apoia mais.
Entro no fim de semana com uma esperança de volta à normalidade. Viajei seis anos pelo Brasil, os lugares mais remotos, comi em restaurantes bizarros, nunca tive uma intoxicação alimentar, exceto em Oiapoque na fronteira com a Guiana Francesa no Amapá.
Infelizmente a comida de um restaurante perto de casa quase me derrubou. Isto é, me derrubou no fim de semana, literalmente, e me atrapalhou a produção semanal. Quando mergulhar de novo no sábado, espero poder dizer que tudo voltou ao normal.
O pior desses acontecimentos terríveis é que é muito difícil ter um método infalível para evitá-los. Seria preciso parar de comer.
Fonte: Blog do Gabeira