Ontem foi Portugal, hoje a Alemanha que suspende voos do Brasil. É a variante do coronavírus tão discutida lá fora e um pouco ignorada por aqui.
O plano de Pazuello de transferir mais 1500 pacientes de Manaus merecia um exame profundo, medidas de segurança especiais.
Aquele discurso do Bolsonaro na churrascaria foi um pouco deprimente. Imaginar que um presidente da república do Brasil se expresse assim publicamente, nos dá um pouco a sensação do nível em que país desceu.
A história do leite condensado era perfeitamente explicável. Alguns governos teriam até comprador mais leite condensado do que o seu. Para que responder com tanta grossura?
As vacinas continuam sendo um problema diplomático. A Europa está pressionando a AstraZenica porque acha que a empresa não cumpre o contrato.
A Alemanha, por sua vez, com um leque maior de opções, recomendou que a AstraZenica não seja utilizada em pessoas com mais de 65 anos.
Aqui no Brasil, o Butantan agora fala em vender vacinas para estados e municípios. Aquele ideia de ontem, exportar vacinas, parece que foi superada. De fato, não era uma boa ideia. Se houvesse abundância no Brasil, se tivessemos garantido nosso processo de vacinação, tudo bem.
Não menciono aqui a eleição na Câmara e no Senado porque, de uma certa forma, tenho poucas esperanças de melhoras. A sensação que tenho do Congresso é a de que sempre sairá dali a pior escolha. No caso, a pior escolha será a eleição de candidatos alinhados com Bolsonaro.
Dizem que o Rio vai viver uma onda de calor. Tenho achado as manhãs muito quentes, sobretudo ali pelo meio dia. Se esquentar mais, vai ficar difícil enfrentar o sol.
A vacinação de idosos começa em fevereiro no Rio com as pessoas de 80 anos ou mais. Ainda assim, não se sabe se haverá vacina suficiente.
Nos outros estados, tem havido muita denúncia de gente furando fila. Creio que isto deveria ter sido pensado com antecedência. O ideal, como tenho dito, será forçar as prefeituras a divulgar a lista dos vacinados no seu site.
Quinta é um dia meio apertado. Hoje andei conversando com o editor de meus livros e prometi que começaria a trabalhar duro a partir do meio de fevereiro. Além disso, fiz um entendimento de trabalho para depois da vacina com a televisão. Devo voltar às ruas e continuar comentando, agora conciliarei as duas atividades.
Só falta a vacina. E teoricamente, na minha idade, não está assim tão longe.
Fonte: Blog do Gabeira