Depois de toda a confusão no início da semana, Bolsonaro continua a chamar o Exército de “meu Exército”. Não toma jeito.

Duas questões interessantes sobre vacinas e vacinados. Uma delas mencionei hoje na tevê: a ideia de cada vacinado levar um quilo de alimento para doação.

É uma campanha necessária que pode dar certo. Vai depender também dos prefeitos montarem uma estrutura de recebimento e distribuição dessa comida. No Brasil as coisas costumam sumir.

Outra questão interessante é a da carteira para vacinados. Nova York está iniciando um programa que atesta a vacinação da pessoa, através de um aplicativo.

Sou favorável e soube que o Rio poderá fazer isso também.A iniciativa americana é uma parceria com a IBM. Creio que a IBM  brasileira também apoiaria a ideia.

No caso brasileiro, sugiro que as informações sejam inscritas também em inglês, para facilitar a circulação futuro no mundo.

No momento, não entramos nem na Bolívia que é nossa vizinha e fechou ontem a fronteira com o Brasil. Adiante, entretanto, um certificado de vacinação poderá facilitar o trânsito dos brasileiros. Nem todo mundo se desloca por turismo: ˙há reuniões de famílias separadas, viagens de negócios num mundo globalizado.

Não tenho nada contra o turismo. Se as pessoas reúnem excedentes para conhecer um ou outro país no mundo, elas têm o direito de fazê-las. Algumas,nem todas, se enriquecem culturalmente com o movimento.

Muito zumzum de pessoas com coriza e sinais de gripe. Num momento como esse,a gente sempre fica com medo da Covid-19.
Mas houve mudança de tempo, o verão está indo, embora aos poucos, as águas de março chegam um pouco atrasadas mas chegam.

Espero que o governo, meio encalacrado com a vacinação contra a Covid, possa iniciar logo também a vacinação contra a gripe.

Os empresários que tanto discutem hoje a compra de vacinas contra a Covid-19 nem precisam do Congresso para vacinar seus funcionários, no caso da gripe. É só gastar algum dinheirinho pois é possível comprar vacinas  contra a gripe legalmente e aplicá-las nos seus funcionários.

Aliás vou lançar essa ideia hoje na televisão, se tiver chance é claro. É preciso que me caia um tema pertinente, não posso forçar a barra.

Caso não faça a sugestão mais amplamente, fica aí mais essa sugestão: vacinem os funcionários contra a gripe, enquanto seguimos pressionando para que o governo cumpra seu papel na Covid-19.

Não tenho muitas esperanças nesse segundo tópico. Nove estados estão querendo licença para comprar a Sputnik. Ainda não entendi bem porque esse parto longo. Talvez por falta de documentos dos russos. Mas a Argentina vacinou seu presidente com a Sputnik V. A Argentina é logo ali.

Não custava nada uma reunião com as autoridades de saúde de lá. Reunião virtual é claro, porque hoje ninguém nos quer em presença.

Hoje foi feriado. Os meus diretores me perguntaram se trabalharia no feriado. Respondi: são dez dias de feriado, a pergunta correta é essa: você vai trabalhar no feriado dentro do feriado?

Hoje passei pela feira e Paulinho me disse: só quem trabalha quem está duro ou com dívida.

Você se esqueceu de uma outra categoria: dos duros e endividados, simultaneamente- respondi.

Apenas uma conversa matinal,  mas a verdade é que a situação está brava.

Vamos vencê-la com fé e bom humor.

Fonte: Blog do Gabeira