3 de maio de 2024
Adriano de Aquino Colunistas

De novo?

Hoje, mais uma autoridade estatal manifesta sua preocupação com a “criminalização do aborto”. Alguma novidade? Não, nenhuma!

Repeteco se tornou uma técnica de infiltração de pontos de vistas velados e até obscuros sobre todo tipo de problema social.

Alguém sério acha que a defesa de progressistas e autoridades públicas, ao direito ao aborto visa atender as necessidades mais prementes das mulheres dos dias de hoje?

Não me sinto qualificado para responder.

No entanto, ao ver homens públicos, ministros e ativistas dando pitaco sobre o assunto decidi expor o que penso sobre o tema.

Meu ponto de vista não é religioso nem de fundo moral.

Minha opinião se fundamenta num grupo de dados que considero relevante.

Em vista disso, minha indagação parte de uma observação.

Os senhores e as senhoras também, que desejam a descriminalização do aborto estão de fato preocupados com a segurança das mulheres que engravidam sem desejar?

Não descarto a hipótese de que uma mulher, senhora do seu corpo e do seu desejo, que venha a engravidar, seja por acidente numa relação episódica ou por uma violação, como o estupro, desejem interromper a gravidez.

Todavia, boa parte das opiniões me parecem difusas. Por isso, para mim, alguns defensores do aborto como política pública, tem viés especificamente político.

Por ser uma atitude política, gera muitas dúvidas.

A pergunta que surge por trás dos discursos políticos pró-aborto é que eles seguem a cartilha do mainstream.

O recorrente discurso do mainstream sobre a redução da população da Terra é o principal mentor dessa proposta. Eles não falam abertamente, mas se trata de uma proposta que ecoa a doutrina de Davos, ONU, Open Society etc… ou seja, a proposta é oriunda dos setores mais privilegiados da sociedade.

Alguém acredita que as filhas dos nababos de Davos, ou mesmo as mulheres de classe média alta deixarão de ter os filhos que desejam e encher os avós magnatas de alegria, com um bando de netos? Claro que não!

Antes das garantias e segurança das mulheres, a descriminalização do aborto atende sobretudo à proposta de reduzir a população de pobres no mundo e evitar a multiplicação das enormes populações, como da Índia.

Muito se fala em transparência.

Por que um assunto tão importante para mulheres, religiosas ou não, permanece envolto em falas sinuosas e não tem o mesmo tratamento midiático, reservado às políticas climáticas?

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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