Quando somos jovens, pensamos que o calar é sinônimo de omissão, por vezes até submissão.
Com o tempo, vemos que nem sempre é assim. Que, às vezes, o melhor mesmo é contar até dez, respirar fundo e ignorar.
Depois, percebemos que o silêncio falso gera ansiedade, gastrite e insônia.
A verdadeira maturidade começa quando aquilo que nos feria antes não faz mais a menor diferença.
São precisas, porém, muitas palavras não ditas para se chegar lá…
Ainda existem pequenas batalhas dentro de mim. Agulhas espetadas na garganta, palavras prontinhas pra sair, mas, hoje, penso se elas valeriam realmente a pena.
Uma satisfação momentânea motivada muitas vezes por raiva, insegurança, ciúmes, orgulho ferido ou vaidade nunca é a melhor saída.
Por isso, hoje, deixo as palavras de molho por um tempo até que elas peguem o sabor do meu desejo. E só as compartilho se este sabor for verdadeiro.
Calar-se também é sinal de autoconhecimento, maturidade e respeito próprio. Nem tudo vale a pena a discussão e o tempo perdido.
Nesta aula da vida, sou ainda um aprendiz, mas estou quase lá.