Este mês, foram batidos dois recordes relacionados a carros elétricos. De certa forma, recordes “em sentidos opostos”. O primeiro, de distância percorrida sem parada para recarregar – feito do modelo sueco Polestar 3, que rodou 935,44 km em caminhos comuns, usando exclusivamente a energia acumulada pelas baterias. O segundo, de velocidade em pista: 472,41 km/h – máxima atingida pelo Yangwang U9 Track Edition (veja no vídeo abaixo). Dou mais alguns detalhes a seguir.
Polestar 3 se mostrou um SUV sovina – no consumo
A Polestar é a divisão esportiva da sueca Volvo e o modelo 3 (acima) é um SUV 100% elétrico. O legal desse recorde é que para batê-lo foi usado um carro sem nenhuma modificação, igual aos que estão disponíveis nas lojas, equipados com a versão de maior capacidade de alinha – 107 kWh. E a marca foi obtida rodando por um “circuito misto”, composto por trechos urbanos e rodoviários abertos ao tráfego, alguns com sol, outros com chuva. Trajetos tão comuns, que a média geral de velocidade ficou em 40 km/h.
Vale informar que, para conseguir tal feito de economia, a Polestar escalou três especialistas, Sam Clarke, Kevin Booker e Richard Parker (abaixo), que costumam dar cursos de condução eficiente para motoristas dr frotas comerciais inglesas. E, claro, não custa lembrar que carros elétricos consomem menos bateria rodando em velocidades mais baixas.
Yangwang é a marca de superesportivos da BYD
Se o sueco economizou na Inglaterra, o chinês voou baixo na Alemanha – mais precisamente na pista de testes de Papenburg. Guiado pelo piloto profissional Marc Basseng, o Yangwang U9 Track Edition, versão mais braba do superesportivo do grupo BYD atingiu os 472,41 km/h depois de uma aceleração desconcertantemente curta (veja o vídeo), deixando a impressão de que poderia até voar mais rápido.
Para isso, o carro conta com quatro motores de alto desempenho, um para cada roda, capazes de trabalhar a 30 mil RPM – como comparação, nos carros de passeio normais, os motores rodam a até 7 mil RPM, isso quando não são cortados automaticamente antes disso, para não quebrarem. Somados, eles geram 3 mil cv de potência. Além disso, claro, o modelo conta com um pacote tecnológico dignos de nave espacial.
Entre outras coisas, ele tem um sistema de vetorização de torque capaz de trocar mais de 100 informações por segundo com as quatro rodas, mantendo a trajetória e evitando a perda de tração, mesmo em velocidades altíssimas. Outro sistema, o DiSus-X controla a suspensão, compensando e ajustando instantaneamente o comportamento do carro para cada tipo de situação, como arrancadas, curvas ou pisos menos regulares.
E você, o que prefere, ter o carro elétrico mais econômico ou o mais rápido do mundo? Eu, como tenho duas vagas na garagem…
Fonte: Rebimboca Comunicação