Amigos, sou assinante do jornal “O Globo” impresso. Pois é, vou aguentar até quando der, porque sou velhinha coroca e preciso segurar as folhas.
Há dias que eu não leio nada. Isso acontece quando estou fragilizada e a desgraça no Brasil é grande. No entanto, o “Segundo Caderno” leio todos os dias, porque envolve arte, cultura, etc, ou seja, um pequeno alento para uma alma triste.
Só que os colunistas também estão tão ou mais desalentados do que eu e o assunto é praticamente a mesma coisa. COVID, mortes, vacinas e Bolsonaro. Não é regra, mas como pode a Cora Rónai falar das últimas gracinhas dos seus gatos em um país com quase duas mil famílias vivendo o luto pela perda dos seus entes queridos? Isso em apenas um dia.
O ser humano tem a infinita capacidade de superar obstáculos e desgraças. Inúmeros sobreviventes do Holocausto se casaram, constituíram famílias e se tornaram brilhantes cidadãos. Se eles conseguiram, nós também conseguiremos, mas confesso que não sei como será o nosso país quando essa fase acabar.
O que mais me magoa neste desgoverno é que deixei de ser uma pessoa otimista. Para mim nunca existiu copo meio cheio, sempre foi TODO cheio, agora é vazio. Quero voltar a ser feliz.
Bom dia, se for possível ter um bom dia.
