José Maria Alkimim, ou Alckmin, ou Alkimim, ou Alkmin, nasceu em Bocaiúva (MG), num 11 de junho de 1901 e morreu, infeliz, natural e inevitavelmente em Belo Horizonte, dia 22 de abril de 1974. Era um político, mais que brasileiro, mineiro.
Dele e não de Tancredo Neves, com certeza, nasceu a expressão Raposa Política…
Zé Maria entrou para eternidade do folclore com uma das histórias mais engraçadas que já ouvi e continuo rindo.
O Raposão encontrou, trombou com um eleitor e logo perguntou: “Como vai seu pai?”.
No que o filho respondeu: “Dr. Alkmin, papai morreu…”.
E ele, num segundo: “Morreu para você, filho ingrato. Para mim, ele continua vivo…”.
Coitado do filho.
Esta frase do “filho ingrato” é tão boa que virou meio de vida, de comunicação. Saída, pela direita, pela esquerda, de fininho, à francesa na mão inglesa do trânsito.
Um clássico!
Mas, me contaram uma dele ainda melhor, como se fosse possível.
Antes de ser um ser animal político, Alkmin, foi advogado, claro…
E criminalista, penal.
Ele tinha um cliente que, depois de julgado, foi condenado a digamos, 39 anos de prisão. Alkmin recorreu, ganhou novo julgamento e seu cliente pegou, digamos, 69 anos de cadeia.
Naturalmente, em seguida, o infeliz reclamou a seu advogado: “Pô (porra) doutor! Minha pena aumentou… E agora? Tô fudido!”.
Alkmin, sem titubear, soltou esta perolar maravilha: “Meu filho, pense bem… 69 anos… Na verdade, isso dá 34.5 anos de cadeia porque, metade da pena, você vai passar dormindo…”.
PS: Hoje, 24 de janeiro de 2018, Lula passou de nove, para 12 anos de cana. Mas, tudo bem, metade ele vai passar tendo pesadelos de que foi preso.


Jornalista, escritor, escreveu no Jornal O Tempo e já publicou dois livros.