6 de maio de 2024
Colunistas Vera Vaia

Seleção canalhinha!

Enquanto a Seleção Canarinha se preparava para estrear na Copa do Mundo na quinta-feira lá no Catar, uma seleção paralela formada por jogadores da segunda divisão se adiantou aqui no Brasil e estreou na “Copa do Imundo” jogando contra o time oficial que representa a democracia do país.

Esse elenco entrou em campo com 11 atacantes, nenhuma defesa e uma torcida vestida de verde e amarelo que se dividiu entre ficar na frente dos quartéis, rezando e pedindo proteção aos extraterrestres e a que saiu pra porrada, fechando estradas, praticando atos de terrorismo e impedindo o direito de ir e vir dos cidadãos que não estavam interessados em participar desse jogo.

Sem contar com a torcida de internautas, pseudo jornalistas, blogueiros e tias do zap, treinados para espalhar merda no ventilador. Mentiras descaradas foram lançadas ao ar, para que torcedores menos atentos se revoltassem e criassem um clima anti-Copa. Um clima de ódio que não combina com disputas limpas entre os concorrentes à taça.

Pelos estragos que jogadores e torcida estão provocando desde a derrota no último confronto ocorrido no dia 30 de outubro e pelo jogo sujo que vem apresentando, essa formação acabou sendo vista como Seleção Canalhinha por parte de todas as outras torcidas.

Numa tentativa de melar o jogo anterior, o técnico que sofreu um tilt psicológico nesse período resolveu voltar a campo pra tentar reverter o resultado. Escolheu um atacante de nome Valdemar para levar sua indignação a um juiz supremo da CBF.

Com uns papéis na mão, de valor igual a uma nota de três reais, Valdemar arriscou sua carreira dentro do clube só pra agradar a diretoria e os entregou ao juiz de Moraes.

De posse desses papéis, o juiz virou o jogo e pediu para que o reclamante levasse provas do Var que desmentissem os resultados das partidas anteriores. Como isso não aconteceu – simplesmente porque essas provas não existiam – de Moraes aplicou uma multa no valor de R$ 22,9 milhões que soou como um recado do tipo: deixa de ser besta, babaca! Fica na tua se não quiser ser preso de novo.

Para conhecer melhor esse atacante portador do mico impresso, basta dar uma olhada no seu currículo. Já foi condenado a sete anos e dez meses de prisão pelo crime de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro em 2012, e ficou preso por quase dois anos. Em 2014 recebeu “alta” e foi cumprir o resto da pena em prisão domiciliar.

Por muitos anos teve uma parceria conjugal com Maria Christina Mendes Caldeira, hoje sua maior adversária. Em vídeos, ela conta tudo o que o ex-marido fez no verão passado e no presente. Entre as revelações cabeludas (modo de dizer, porque não sabemos se a envolvida é adepta da depilação ou não), conta que Valdemar estaria dividindo mais do que interesses profissionais com o técnico Titenaro, a quem Christina chama “carinhosamente” de estrupício. Sugere que seu ex já tenha batido uma bolinha no campo palaciano com a gandula oficial da casa.

Pelos fatos e pelas fotos parece que não se pode esperar muito dessa seleção.

E com o fracasso do primeiro tempo já dá pra prever o resultado final desse jogo. Eu diria que a menininha que arriscou o palpite de 51 x 0 no bolão da escola tá bem perto de acertar.

Nota de esclarecimento: 51 pro time da casa e zero pra Seleção Canalhinha.

Merece, né? Só dá bola fora!

Vera Vaia

Mãe de filha única, de quatro gatos e avó de uma lindeza. Professora de formação e jornalista de coração. Casada com jornalista, trabalhou em vários jornais de Jundiaí, cidade onde mora.

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Mãe de filha única, de quatro gatos e avó de uma lindeza. Professora de formação e jornalista de coração. Casada com jornalista, trabalhou em vários jornais de Jundiaí, cidade onde mora.

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