A população sabe que procedem as críticas do ministro da Justiça sobre a falta de comando na cúpula da segurança do Rio de Janeiro. As consequências são: perda do direito de ir e vir, aumento do número de agentes da lei assassinados e de vítimas de balas perdidas e aparente promiscuidade da polícia com o tráfico.
No entanto, o desconforto pela interferência ministerial reside no fato de o titular da pasta que tem como uma das missões a criação da política de segurança no país falar além da conta, como se estivesse com amigos em uma mesa de bar, transparecendo impotência para diminuir o problema, através dos instrumentos constitucionais de que dispõe.
O ministro da Justiça errou em seu comentário, ao generalizar. Mas um exemplo do que acontece aqui: a corrupção no Rio representada pelo jogo do bicho tem os ingredientes citados pelo ministro. Nem a ditadura militar conseguiu banir esta contravenção que alcança Legislativo, Executivo, incluindo as polícias, e até Judiciário. Então, a parceria entre crime organizado, jogo do bicho e autoridades existe há muito tempo.
Considerando a fala do ministro da Justiça, passou da hora de o governo decretar intervenção no Estado do Rio. Temos um ex- governador preso e condenado por crimes; seu sucessor, que era o vice, não tem capacidade política para reverter o caos que se instalou no estado; as forças de segurança batendo cabeça e a criminalidade crescendo a cada dia. O presidente tem que dar um jeito. Com a intervenção, vamos ter um regime de exceção, em que as garantias individuais dos marginais ficarão fragilizadas e os “arautos dos direitos humanos” de bocas fechadas.
Não é correto, nem de bom tom, acusar sem provas. Mas a declaração do ministro Torquato não é tão estranha assim. Quem vive no Rio de Janeiro sabe muito bem como tudo funciona por aqui. Assistimos a situações constrangedoras. Conversamos pelas ruas e ouvimos relatos impróprios para menores. Realmente é difícil provar, por diversos aspectos, como corporativismo, legislação esquisita, ameaças, medo. É muito importante observar a lógica, que é prima do óbvio. Pena que o sistema jurídico brasileiro despreze lógica, cultura, costumes, público e notório.
Dizem que o ministro da Justiça, Torquato Jardim, não teria dito uma verdade absoluta, mas, em contrapartida, quem vestiu a carapuça não nos convenceu do contrário.
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