29 de março de 2024
Vinhos

O que buscamos em um vinho?


O que buscamos em um vinho?
Esta questão tem múltiplas respostas, dependendo da individualidade de cada um. Alguns preferem um visual bonito, o que inclui desde a forma da garrafa, um rótulo estiloso e uma coloração que combine com o ambiente.
Muitos escolhem pelo valor da garrafa, numa clara demonstração do seu status na sociedade, mesmo que para os olhos atentos de enófilos tarimbados isto pareça nada mais que um exagero.
Um considerável grupo se preocupa com as harmonizações, selecionando o melhor vinho que combine com uma refeição. Este é um motivo tão enraizado que pode ser qualificado como mito. Combinar alimentos e bebidas pode ser um prazer a mais ou uma preocupação desnecessária. Nem sempre é  ‘obrigatório’.
Também existe a turma da ‘uva só’, aqueles que só bebem Chardonnay ou Cabernet e acham que os cortes são vinhos menores. Ou então preferem os vinhos ‘docinhos’…
Um enófilo dedicado e observador não pode ficar limitado a esta ou aquela experiência, afinal, existe um universo de opções lá fora. Poderíamos, facilmente, passar o resto de nossos dias provando vinhos diferentes e não esgotaríamos todas as possibilidades.
Para enfrentarmos esta avalanche de opções, precisamos ter muita autoconfiança e saber exatamente onde estamos pisando. Parece difícil, mas não é. Uma aproximação sistemática pode ajudar muito a compreendermos o que nos atrai num vinho.
Três pontos, muito conhecidos, são os pontos de partida para adquirirmos este conhecimento, muito pessoal, que poderá nos levar a outros patamares: Aromas, Sabores e Retrogosto. Se preferirem uma linguagem mais cotidiana: Início, Meio e Fim.
Girando e Cheirando
Esta é uma regra (quase) sem exceções: todo enófilo que se preze, após o exame da coloração do vinho que está na sua taça, vai aproximar o nariz e, muitas vezes, vai introduzi-lo na taça. Em seguida gira a taça, com mais ou menos vigor. Ato contínuo, retoma a busca por aromas.
Rito, esnobismo ou modismo?
O melhor adjetivo seria ‘necessidade’. Este exame olfativo pode revelar muito sobre as nossas preferências. Respondam, para si mesmos, algumas destas questões:
– O principal aroma é bem claro ou está muito misturado e não distinguível?
– É agradável ou estranho?
– Tende para um lado frutado ou floral ou ainda para algo tostado como caramelo, tabaco ou frutas secas?
– Estes aromas lhe induzem a provar o vinho?
– Qual a sensação que espera nesta prova: salivação, adstringência, outras?
Degustando
Chega a hora de provar um primeiro e pequeno gole. Deixe o vinho passear pela boca e, se possível e sem fazer nada estranho, aspire um pouco de ar neste momento. Respondam:
– É possível perceber pequenas mudanças de sabores à medida que o vinho passeia pela boca?
– Este vinho faz salivar (acidez) ou transmite sensações adstringentes (taninos)?
– Alguma sensação de calor na boca no momento que aspirou um pouco de ar (teor alcoólico)?
– Consegue distinguir entre uma bebida leve ou encorpada?
– Se um alimento for consumido, neste momento, há alguma modificação expressiva nos sabores (do vinho ou do alimento)?
Final de Boca
O último ato é engolir o vinho. Novas sensações vão surgir. Respondam:
– Por quanto tempo algum sabor permanece no seu palato?
– Alguma alteração sensível de sabor neste momento?
– Pode classificar este vinho como aveludado, áspero, adocicado ou saboroso?
– Para os brancos: ficou uma sensação de boca fresca e úmida, pronta para mastigar alguma coisa?
– Para os tintos: ficou alguma sensação levemente picante e a boca seca em busca de um petisco com mais gordura?
Esta coleção de respostas vai definir as preferências de cada um. Para bater o martelo, é a hora de tentar alguma harmonização. Novas respostas:
– Combina ou contrasta?
– Fica tudo com o mesmo sabor ou há nítidas influências de um e de outro?
– Há sabores novos e inesperados, resultando numa deliciosa experiência?
As ferramentas estão descritas. Saber usá-las não é difícil. Tudo o que falta é paciência e força de vontade.
Saúde e bons vinhos!
Vinho da Semana: uma casta argentina que anda fazendo sucesso.
Mi Terruño Bonarda 2015 – $
Apresenta cor vermelho intenso, exibe no nariz mescla de frutas vermelhas ameixas maduras e cereja com especiarias fi­nas. Na boca apresenta forte personalidade com taninos redondos.
Harmonização: massas e queijos leves, ideal para acompanhar paella e tortilhas espanholas.
Compre aqui: www.vinhosite.com.br

 
 
 
 


Degustação Bodegas Volver em Belo Horizonte
A Casa Rio Verde tem a satisfação de convidá-lo (a) para o evento de degustação dos vinhos da Bodegas Volver. Será em uma tarde-noite, no dia 18.07.18, com degustação dos seguintes rótulos:
– Tarima Sparkling
– Espeto Verdejo Branco
– Tarima Blanco
– Paso a Paso Verdejo
– Espeto Rosé Bobal 2016
– Tarima Rosado
– Espeto Tinto VT Castilla 2016
– Madame Bobalu
– Paso a Paso Cosecha
– Paso a Paso Syrah
– Paso a Paso Syrah Tempranillo
– Paso a Paso Tempranillo (com barricas)
– Tarima Hill
– Tarima Monastrell
– Volver Single Vineyard
– Volver 4 meses
– Wrongo Dongo
Data: 18/07/18
Horário: das 15h às 21h
Investimento: R$ 30,00 para não sócios e R$ 21,00 para sócios.
Local: Casa Rio Verde Lourdes, Rua Marília de Dirceu 104
Vendas: Site https://www.casarioverde.com.br/degustacao-bodegas-volver/p

Tuty

Engenheiro, Sommelier, Barista e Queijeiro. Atualiza seus conhecimentos nos principais polos produtores do mundo. Organiza cursos, oficinas, palestras, cartas de vinho além de almoços ou jantares harmonizados.

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Engenheiro, Sommelier, Barista e Queijeiro. Atualiza seus conhecimentos nos principais polos produtores do mundo. Organiza cursos, oficinas, palestras, cartas de vinho além de almoços ou jantares harmonizados.

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