Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados
(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
E agora, o que será da política brasileira sem Eduardo Cunha, um dos seus personagens mais marcantes desde que se tornou líder do PMDB e depois presidente da Câmara dos Deputados?
O que será do governo de Michel Temer, que deve parte de sua ascensão ao poder a Cunha? O que será do PT, que deve a Cunha o relativo sucesso do seu discurso contra “o golpe”?
O que será na Câmara do “Centrão”, movimento que chegou a atrair cerca de 230 dos 513 deputados em defesa de pontos de vista conservadores e de um fisiologismo exacerbado?
E o que será dos 450 votos que, anteontem, cassaram o mandato de Cunha, tornando-o inelegível por oito anos?
Do fim para o começo.
Os 450 votos pertencem aos seus respectivos donos. Foi isso que mais uma vez acabou reafirmado na votação que surpreendeu Cunha e todo mundo. Os deputados votaram assim porque quiseram. Não obedeceram a ordens de ninguém.
O “Centrão” nunca teve na verdade o tamanho que Cunha, por esperteza, dizia que ele tinha. O conservadorismo e o apetite por cargos e sinecuras continuarão orientando os deputados identificados com o “Centrão”. Mas sem um líder forte como Cunha, o bloco não votará unido.
Por ora, ainda é cedo para se dizer se aparecerá ou não outro líder capaz de manter o “Centrão” unido. O provável é que ele se fragmente. Isso poderá ser ruim ou bom para o governo na hora em que despachar ao Congresso seu pacote de medidas econômicas impopulares. A conferir.
A aposentadoria precoce de Cunha será ruim para o discurso que chama impeachment de golpe. O maestro do “golpe” acabou tragado pela crise política que derrubou a ex-presidente Dilma Rousseff. Corre o risco de ser preso e condenado.
Melhor teria sido para o PT que Cunha preservasse seu mandato. A culpa disso seria atribuída ao governo. E o discurso do “golpe” ganharia mais consistência.
O governo ganhou com a cassação de Cunha, companhia que só o incomodava depois de servi-lo. Poderá perder se Cunha resolver delatar para não ser preso. Ou para só ser preso por pouco tempo.
Quanto à política brasileira, ela só tem a ganhar com o desaparecimento de um dos seus personagens mais nefastos.
FONTE: BLOG DO NOBLAT
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