24 de abril de 2024
Colunistas Yvonne Dimanche

Mais vítimas da COVID-19

BBC

Soube hoje que um pessoa querida perdeu um parente. Essa minha amiga está meio apavorada, visto que na rua onde ela mora em um dos municípios da Baixada Fluminense o povo está morrendo feito moscas. Fora esse parente, ela conhece pelo menos mais seis pessoas que morreram.
Gente simples que não pode se dar ao luxo de ficar em casa, gente que está enfrentando fila para receber os seiscentos reais na Caixa, gente que trabalha no Rio, uns privilegiados que não foram demitidos e que pegam três conduções na ida e mais três na volta.

Ainda tem gente que não está entendendo o perigo. Fora isso, temos debochados que fizeram pouco da família da Claudia Raia, atriz que não goza da minha simpatia, como se eles não fossem gente.
Sinceramente, eu pensei que já tínhamos chegado ao fundo do poço onde os nossos pés encostam nas lacraias nojentas que lá vivem, mas descobri que esse fundo tem um alçapão que vai dar no infinito.
Esse meu post é um desabafo, mesmo tendo decidido que não iria dar mais opinião sobre nada, mas em respeito à minha amiga que está de luto, como também a duas outras que estranharam o meu relativo silêncio nos últimos dias, mudei de ideia.
E tem mais: acabou a minha tolerância. Posso aceitar opiniões divergentes, quer de direita ou de esquerda, mas fascismo não vou aceitar. O que não falta é grupos neonazistas e cada um que vá procurar a sua turma.
O Boletim

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