24 de abril de 2024
Rodrigo Constantino

Aumenta número de brasileiros presos na fronteira com os Estados Unidos

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“O número de brasileiros detidos tentando imigrar para os Estados Unidos cresceu 142% no ano passado em relação a 2015, segundo dados da Patrulha da Fronteira norte-americana.
Ao todo, 3.252 brasileiros foram pegos cruzando ilegalmente a fronteira em 2016, uma média de nove casos por dia. É o contingente mais elevado dos últimos cinco anos. Em 2015, foram detidos 1.344 brasileiros. Os números do governo norte-americano são contabilizados pelo ano fiscal do país, entre os dias 1° de outubro e 30 de setembro do ano posterior.
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“A chegada aumentou pelo menos em 60% no ano passado”, afirma o padre gaúcho Volmar Scaravelli, diretor de um centro de acolhida de imigrantes em Framingham. A cidade é a maior comunidade de brasileiros na Nova Inglaterra, com uma população estimada de 35 mil.
Há 15 anos nos EUA, Scaravelli explica que os recém-chegados atendidos pelo centro são principalmente de classe social mais alta em comparação a levas anteriores. Geralmente, se mudam com toda a família.
“O lado bom é que têm mais cultura, se viram no inglês e vêm com algum dinheiro, têm fundos. O ruim é que não estão acostumados com trabalho pesado, carregar granito, limpar casa”, compara o padre gaúcho.
Por causa do perfil socioeconômico, os novos imigrantes geralmente conseguem entrar de avião, com visto de turista, explica Scaravelli. A segunda rota do grupo é a fronteira mexicana, seguida pela rota das Bahamas”.
Morando na Flórida há quase dois anos, posso atestar que a quantidade de brasileiros se mudando para cá tem aumentado bastante mesmo. E também confirmo que, na média, trata-se de gente com bom nível de escolaridade e algum capital disponível. Mas, no caso de Weston, a imensa maioria, se não a totalidade, tem feito tudo dentro das regras do jogo, da lei, como deve ser.
Entendo o desespero de quem vive num país como o Brasil, mergulhado em uma baita crise gerada pelo PT e sua visão esquerdista de mundo, e que enxerga os Estados Unidos como solo de oportunidades, especialmente para quem não tem medo de trabalhar por conta própria. Mas chegar pela ilegalidade é começar mal, principalmente na terra do “império da lei”.
Uma das coisas que mais diferenciam os Estados Unidos dos países latino-americanos é justamente o respeito às leis, em contraponto ao “jeitinho” que conhecemos tão bem. Não faz sentido, portanto, achar que é saudável largar na malandragem, desrespeitando as leis, contando com “esquemas”. Não adianta reclamar depois do Trump, dos republicanos, dos conservadores “xenófobos”.
É verdade que essa nação foi construída à base de imigrantes. Mas havia uma grande diferença: não existia, naquela época, um estado de bem-estar social distribuindo regalias e privilégios, impondo o Obamacare ou criando “sanctuary cities” para proteger imigrantes criminosos. Foram justamente as medidas populistas da esquerda, do Partido Democrata, de Obama, que criaram esse sentimento de revolta por parte dos conservadores.
Enquanto os “progressistas” usavam os imigrantes ilegais como mascotes, de olho no voto das “minorias”, a turma dos law-abiding citizens ia acumulando uma raiva legítima, a ponto de eleger Trump e aplaudir a proposta de construção de um muro para controlar melhor as fronteiras. Isso aqui não é a casa da mãe Joana, e nenhum país pode abrir mão do controle de seu território.
Podemos criticar as dificuldades de se imigrar legalmente, os custos, a burocracia, mas qualquer país possui algum controle. E é inegável que os Estados Unidos sejam o destino de milhões de imigrantes, recebendo-os com braços abertos desde que dispostos a cumprir as regras do jogo. Se logo no começo o sujeito vem desrespeitando as leis, como acreditar que ele será um cidadão correto, decente?
E como condenar, então, aqueles que criticam esses imigrantes ilegais, se eles são obrigados a cumprir todas as leis, se pagam seus impostos todos em dia, se precisam bancar até mesmo externalidades que beneficiam esses ilegais? Não é barato nem fácil fazer tudo dentro das leis. Mas é o único meio defensável, se queremos preservar aquilo que torna essa nação algo diferenciado, e por isso mesmo o destino escolhido por tanta gente. Para a socialista Venezuela ninguém quer ir, nem mesmo nossos artistas e “intelectuais” da esquerda caviar.
Viva a América! E que os americanos não permitam que ela se transforme em apenas mais um país tupiniquim, uma republiqueta das bananas, onde as leis nada valem, pois para tudo há um “jeitinho malandro” de resolver as coisas, um “coiote” (despachante) que pode burlar a necessidade do devido processo legal.

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