Dentre os palácios que tive a oportunidade de visitar em Portugal, nenhum me encanta tanto quanto o Palácio Nacional de Queluz. Foi amor à primeira vista, anos atrás, e acho que esse monumento histórico conjuga fatores que o tornam tão especial: a arquitetura é muito bonita (neoclássica com ornamentação barroca e rococó), inserida em jardins caprichadíssimos; é relativamente pequeno para um palácio, o que dá uma impressão de “escala humana”; e é diretamente ligado à história do Brasil.
E ainda há um motivo muito particular para eu gostar muito de lá, que é ser pouco visitado, sem aquele tumulto de pessoas se esbarrando pelas salas do palácio, como o Palácio da Pena por exemplo.
O Palácio de Queluz está localizado na cidade de Queluz, a cerca de 15km do centro de Lisboa e a 16km do centro de Sintra. O início de sua construção data de 1747, para ser residência de verão da Família Real.
Após o incêndio do Palácio da Ajuda em 1794, onde a Família Real vivia desde o grande terremoto de 1755, o Palácio de Queluz passou a ser a residência oficial da monarquia. Assim foi até 1807 quando D. João VI e família se mudaram para o Brasil.
Quando D. João VI retornou em definitivo a Portugal em 1821, o palácio voltou a ser habitado por D. Carlota Joaquina, em regime de semi exílio, por ter conspirado contra seu marido.
Foi também no Palácio de Queluz que D. Pedro I (D. Pedro IV para os portugueses) nasceu (1798) e morreu (1834). Na altura de sua morte ele já havia abdicado do trono de Portugal em favor de sua filha, D. Maria II, porque estava doente.
Vamos aos destaques de seu interior?
Ainda haveria muitas outras salas e recantos para mostrar. O Palácio de Queluz é um desses lugares imperdíveis quando estiverem em Lisboa. Recomendo demais!
“Arquiteta de formação e de ofício por muitos anos, desde 2007 resolveu mudar de profissão. Desde então trabalha com turismo, elaborando roteiros e acompanhando pequenos grupos ao exterior. Descobriu que essa é sua vocação maior.”