7 de setembro de 2024
Turismo

Ilhas Égadas, um paraíso escondido na Sicília

O mar turquesa das Ilhas Égadas. (Foto: Mônica Sayão)

• INTRODUÇÃO

As Ilhas Égadas (em italiano Isoli Egadi) estão localizadas no noroeste da Sicília, e pertencem à província de Trapani. O arquipélago é composto por três ilhas: Favignana, Levanzo e Marettimo. Favignana é a maior delas e a mais próxima de Trapani, na costa siciliana: são apenas 18km de distância.

Essas ilhas têm em comum serem pequenas, com poucos habitantes, terreno rochoso e meio árido, que contrasta com um mar de cor turquesa espetacular. É um lugar rústico, delicioso, que passa enorme paz e que a gente fica torcendo para não ficar muito famoso e tudo mudar.

Favignana e Levanzo são as ilhas mais visitadas. Marettimo fica mais longe e está mais sujeita aos fortes ventos da região.

Ilhas Égadas: Favignana, Levanzo e Marettimo, ptóximas da costa oeste da Sicília. (Foto: wikipegia.org)

• O QUE FAZER

1 – Visitar Favignana:

É a ilha que tem maior infraestrutura, por isso é a melhor para servir de base. O centrinho é bem compacto mas há várias opções de hospedagem assim como muitos restaurantes e cafés. A rua principal, Via Vittorio Emanuele, fica sempre movimentada, dia e noite. Aliás, no centro os carros são proibidos.

A rua principal de Favignana é a Via Vittorio Emanuele, aqui em um fim de tarde. (Foto: Mônica Sayão)

Favignana tem cerca de 4 mil moradores. O transporte para conhecê-la é feito com bicicletas ou scooters. Há dezenas de lugares para alugar as bikes e o valor é de 15 euros por dia. Dependendo da habilidade de negociação da pessoa, o aluguel pode ser mais barato. Sou péssima nesse quesito!

As estradinhas de Favignana são como essa, de terra. (Foto: Mônica Sayão)

A ilha tem lindas praias: a Cala Rossa é a mais famosa delas, reconhecida como uma das mais bonitas da Itália. Fica a cerca de 3km do centro. A Cala Azurra está a 4,5km do centro e é muito popular para mergulho. A Spiagga di Lido Burrone é uma das únicas praias com areia e por isso é muito popular. Tem infraestrutura e fica próxima do centro. A Cala Blue Marino.

Cala Rossa, é considerada uma das praias mais lindas da Itália. (Foto: Mônica Sayão)
Cala Rossa: a cor e a transparência do mar são incríveis. (Foto: Mônica Sayão)
Lido Burrone: das poucas praias com areia em Favignana, essa é a melhor, inclusive por ter infraestrutura de apoio. (Foto: Mônica Sayão)
Cala Blue Marino: o acesso ao mar é só pelas pedras. (Foto: Mônica Sayão)

Há várias outras praias, algumas de difícil acesso porque não tem areia. Então o acesso é através de grandes pedras, o que dificulta um pouco. Um exemplo é a Cala Blue Marino.

Outra atração da ilha é a Favignana Tonnara, que é uma antiga fábrica de atum, e que no passado foi a principal atividade econômica de lá. Fazer uma visita ao local é bem interessante para conhecer a história da pesca do atum e da família Florio, que fundou a fábrica.

O bucólico porto de Favignana com o centrinho ao fundo. (Foto: Mônica Sayão)

Acho um ótimo programa fazer um passeio de barco em Favignana, já que há vários lugares de mergulho com acesso difícil a pé. Geralmente os passeios incluem almoço no barco, e várias paradas para um mergulho. Podem ser contratados pessoalmente ou no Get Your Guide, onde há opção de só fazer Favignana de barco ou incluir Levanzo no passeio.

2 – Visitar Levanzo

Levanzo é a menor das três ilhas que compõem o arquipélago. Tem cerca de 500 habitantes e somente um pequeno conjunto de casas pintadas de branco com janelas azuis, perto de onde os ferries atracam. O visual de chegada de barco é impactante: casinhas brancas, mar turquesa e montanha de pano de fundo.

Poucas imagens são tão lindas quanto a chegada de ferry a Levanzo. (Foto: Mônica Sayão)

Em Levanzo só se anda a pé. Há algumas trilhas interessantes, inclusive uma que leva à Grotta del Genovese, onde há pinturas rupestres dos períodos neolítico e paleolítico.

Há lugares lindos para um banho de mar como a Spiagga di Cala Fredda a Spiagga di Cala Minnola.

Como Levanzo é bem pequena, há bem poucas opções de hospedagem. O melhor mesmo é fazer um bate e volta a partir de Favignana.

Há um restaurante que recomendo, no micro centrinho, ao lado do porto. É o Ristorante Bar Arcobaleno, que oferece pratos de frutos do mar, de ótima qualidade e belíssima vista.

O Ristorante Bar Arcobaleno é uma ótima opção para almoço, sem contar a localização super privilegiada. Na foto, é a casa avarandada de dois andares à direita. (Foto: Mônica Sayão)
Ristorante Bar Arcobaleno em Levanzo. (Foto: Mônica Sayão)
Cala Fredda em Levanzo: apesar de não ter areia, há muitas pessoas no mar. (Foto: Mônica Sayão)

• COMO CHEGAR

Há ferries para as Ilhas Égadas a partir de Trapani e de Marsala. O mais comum é pegar o ferry em Trapani, porque é a cidade mais próxima de Palermo, de onde geralmente os visitantes chegam.

Ferry entre Trapani a Favignana – mesmo que a pessoa esteja de carro, normalmente não vale a pena pagar mais caro pelo bilhete e com menos opções diárias de ferry. Mas, vale ressaltar, que o carro é uma boa opção para quem não quiser andar de bicicleta pela ilha, que pode ser meio cansativo, porque as estradinhas são de terra. O bilhete do ferry pode ser comprado na hora, se não for nos meses da alta estação (julho e agosto) mas também pode ser comprado no site da Liberty Lines Fast Ferries. Pela Liberty o percurso leva 30 a 50 minutos, dependendo se o ferry irá direto e fará parada. Há muitos horários oferecidos. É só deixar o carro em um dos estacionamentos próximos do porto.

• QUANDO IR

A melhor época para visitar as Ilhas Égadas é de abril a junho e de setembro a outubro. Em julho e agosto, meses de férias europeias, as ilhas recebem muitos visitantes. Sem contar que, por ser alta estação de turismo, os preços de hospedagem ficam mais caros.

Mônica Sayão

“Arquiteta de formação e de ofício por muitos anos, desde 2007 resolveu mudar de profissão. Desde então trabalha com turismo, elaborando roteiros e acompanhando pequenos grupos ao exterior. Descobriu que essa é sua vocação maior.”

“Arquiteta de formação e de ofício por muitos anos, desde 2007 resolveu mudar de profissão. Desde então trabalha com turismo, elaborando roteiros e acompanhando pequenos grupos ao exterior. Descobriu que essa é sua vocação maior.”

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