28 de abril de 2024
Colunistas Lucia Sweet

Estamos no último dia do Verão

No dia 20 de março de 2023 começou a lua nova, o equinócio de outono no hemisfério sul (e equinócio da primavera, no hemisfério norte), fenômeno em que a duração do dia é aproximadamente igual à duração da noite.

Os dois hemisférios, norte e sul, recebem a mesma quantidade de luz. Esse fenômeno ocorre duas vezes por ano, no outono e na primavera. A palavra equinócio vem de latim: aequus (igual) + nox (noite) = noites iguais.

Sem a luz da lua para ofuscar o firmamento, o brilho do céu rutila em esplendor.

Há bilhões de anos, o dia médio na Terra durava menos de 13 horas. Mas o dia aumenta à medida em que a Lua se afasta de nós. A cada círculo em torno da Terra, em que mostra sempre o mesmo lado, a Lua gradualmente afasta-se do nosso planeta. Trata-se de um processo conhecido como recessão lunar.

Com a ajuda dos astronautas da missão Apolo, os cientistas conseguiram recentemente medir com absoluta precisão a velocidade exata de afastamento da Lua: 3,8 cm por ano. Com isso, nossos dias ficam cada vez mais longos.

Nenhum desses números parece preocupante, mas, ao longo de 4,5 bilhões de anos, a mudança acumulada é muito significativa. (Leia o artigo completo em português e em inglês).

Nosso sistema solar situa-se na Via Láctea, a galáxia que habitamos, nosso endereço no Universo. De acordo com um estudo publicado pela revista Nature, parte da Via Láctea é bem mais antiga do que os cientistas acreditavam e teria cerca de 13 bilhões de anos.

Isso significa que a Via Láctea começou a se formar apenas 800 milhões de anos depois do Big Bang. Em uma perspectiva cósmica, é pouquíssimo tempo. Até então, astrônomos acreditavam que nossa galáxia havia surgido há 11 bilhões de anos.

Em 2022, em conferências de imprensa simultâneas por todo o mundo, foi divulgada a primeira imagem do buraco negro supermassivo situado no centro da Via Láctea.

Para obter mais informações, veja por favor, a nota de imprensa científica em https://www.eso.org/public/portugal/news/eso2208-eht-mw/

Um buraco negro supermassivo é uma classe de buracos negros encontrados principalmente no centro das galáxias e foram formados por imensas nuvens de gás ou por aglomerados de milhões de estrelas que colapsaram sobre a sua própria gravidade quando o universo ainda era bem mais jovem e denso.

Os buracos negros supermassivos possuem uma massa milhões ou até bilhões de vezes maior que a massa do Sol. A maioria dos buracos negros supermassivos já catalogados estão em forte atividade, ou seja, continuam atraindo matéria para si, aumentando ainda mais a sua massa.

O campo gravitacional dos buracos negros é tão intenso que nem uma única partícula ou radiação eletromagnética, como a luz — consegue escapar.

É muito difícil estimar o número de estrelas e de galáxias no Universo. As estrelas não ficam espalhadas ao acaso, mas encontram-se aglutinadas em “ilhas estelares”, denominadas galáxias. Estima-se que a nossa galáxia, a Via Láctea, possua de 200 a 400 bilhões de estrelas.

As galáxias possuem em média centenas de bilhões de estrelas. E as estimativas também apontam para centenas de bilhões de galáxias no Universo. Isto resultaria na existência de mais de 10 sextilhões de estrelas.

Para efeito de comparação, o número de estrelas no Universo pode ser maior do que o número de grãos de areia na Terra, ou da ordem do total de células existentes em todos os seres humanos do nosso planeta. [Fonte: http://www.inpe.br/faq/index.php?pai=11]

Por isso, recomendo que, ao sermos tomados pela ideia exagerada da nossa importância nesse insignificante fragmento de tempo em que vivemos, pensemos na Criação. Imediatamente vestiremos os trajes da humildade. A não ser, claro, quem é de esquerda. Nesse caso, esqueça a ciência, a verdade, os fatos e a lógica.

Lucia Sweet

Jornalista, fotógrafa e tradutora.

Jornalista, fotógrafa e tradutora.

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