28 de abril de 2024
Colunistas Lucia Sweet

A tempestade

Mata Atlântica

No quintal da nossa casa começa uma reserva de Mata Atlântica, que se estende muito além das montanhas.

A não ser pelos sons e ruídos da natureza, o silêncio nos cobre como um manto sem cor, sem odor, sem sobressaltos.

Como adoro o silêncio.

Há as pequenas interrupções: o relógio do avô do Tomaz acaba de tocar 5 horas.

Os últimos dias de janeiro estão frios, com nevoeiro, raios e trovões, pancadas de chuva e sol, casamento de viúva e casamento de espanhol.

Os passarinhos vêm comer banana lavados pelas águas que caem do céu. Nem parecem se incomodar.

“Um raio
Fulgura
No espaço
Esparso,
De luz;
E trêmulo
E puro
Se aviva,
S’esquiva
Rutila,
Seduz!” …

N.A.: Excerto de “A Tempestade” de Gonçalves Dias (primeiros versos)

Lucia Sweet

Jornalista, fotógrafa e tradutora.

Jornalista, fotógrafa e tradutora.

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