28 de abril de 2024
Colunistas Ligia Cruz

A partida do rei

O que dizer dessa partida sem gols? O maior jogador do Brasil, quiçá do mundo, transferiu-se para outro plano de existência, onde certamente não há as agruras daqui.

Para quem cresceu com os pés na praia como eu, Pelé era um ícone, mesmo para quem torcia para outros times.

Eu não. Era, e sempre fui a única santista da minha família de seis pessoas. Convicta desde pequenininha, do tempo em que eu colava o ouvido num rádio de válvulas, junto com meu pai, aos domingos, para ouvir os jogos da semana.

Durante um certo tempo, morei quase em frente a um campo de várzea de uma comunidade de pescadores. Ali pude ver Pelé jogar bem de perto. O local se enchia de gente das redondezas para assistir àquele que nem fama de “rei” do futebol ainda tinha.

Ele era genial! Nasceu para aquilo. Via-se a explosão de seus músculos quando ele saia do chão e subia na hora de um gol espetacular. Muitos gols.

Mais tarde, mas não muito, em algumas ocasiões em que eu estava com minha classe da escola fazendo aula de educação física na praia, o time inteiro do Santos treinava ao nosso lado, nos anos 1970. Em algumas brincadeiras eu sobrava no colo de alguns e era sempre uma alegria ímpar aqueles momentos. Fui privilegiada pelas oportunidades.

Não havia essa coisa de pedir autógrafos porque era comum vê-los, ninguém se preocupava com isso. Nunca pedi um sequer a qualquer um deles. Aquele elenco era impressionante. E Pelé foi mesmo “o cara”. Um grande cara!

Ligia Maria Cruz

Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.

Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.

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