Foto: Alfred Eisenstaedt,1947
Às vezes só o que a gente precisa é de um nome para viajar.
Uma foto.
Uma lembrança aninhada sobre o peito.
Pode ser o toque das mãos da mãe, o tapinha na cabeça na hora de ir para a escola
( e que tantas mães acalentam e reproduzem com os filhos)
Pode ser um instantâneo de uma lembrança, um flash que paira diante da retina
Aquele lugar,
Aquela pessoa,
Aquela canção,
Especiais.
Pode ser revisitar a rua onde se viveu por tantos anos
E fazer um checklist mental do que mudou,
Do que ficou,
Do que evanesceu,
Do que se tornou permanência
Como as covinhas no rosto ao sorrir
Ou o corte de cabelo
Porque o que ultrapassa o tempo é o caráter que deixamos entrever no exterior
As rugas ao redor dos olhos contam menos que o luzir do olhar
Que sonha com uma velha vila de pescadores italiana na Península de Sorrento:
Cetara.
Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.