Acabei de assistir ao vídeo do Neymar, no qual declara apoio ao presidente Bolsonaro.
E, claro, seu posicionamento encolerizou os militantes esquerdistas travestidos de comentaristas esportivos – os mesmos que lamentam a suposta “alienação” dos jogadores brasileiros e clamam para que eles assumam posições firmes dentro da política.
Clamam para que eles assumam posições firmes na política, mas só se for pendendo fortemente para a esquerda, claro. Qualquer opinião que ouse divergir dessa ditadura monocrática é, primeiro, ridicularizada, para ser, em seguida, ferozmente execrada – o que faz com que jogadores com simpatias pelo conservadorismo hesitem em assumir seu posicionamento, temendo represálias.
Menos Neymar, lógico.
Neymar chegou a um ponto da carreira em que pode ignorar sumariamente o coro dos fariseus acusadores que rosnam para ele: Neymar pensa como quer – e diz o que pensa, abrindo assim uma rachadura irreparável no monolítico e fascista bloco do pensamento único travestido de democrático. O pensamento democrático não é e nunca será propriedade exclusiva de grupelhos classistas autoritários que tentam estrangular a Liberdade em seu nascedouro.
Parabéns, Neymar – por escancarar a hipocrisia dos proto-ditadores e por mostrar, em seu pensamento, a mesma ousadia que sempre demonstrou em campo, com seus dribles.
Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.