2 de maio de 2024
Colunistas Joseph Agamol

Música atual é pesada e infundada

Um amigo me disse que acha as críticas que faço à música atual pesadas e infundadas.

Segundo ele, tudo pode ser resumido em uma frase: “Os pais não gostam da música que os filhos ouvem.” Ou seja: conflito de gerações. Frank Sinatra não gostava de Elvis, que não gostava de Beatles, assim sucessivamente. Disse também que os anos 70, considerados por mim como uma Era de Ouro para a música popular, também produziram muitas obras de qualidade duvidosa.

É uma análise tão rasa que fiquei com uma certa preguiça de responder, confesso. Primeiro que inúmeras composições dos anos 30, 40, 50, 60 e 70 são regravadas e reverenciadas até hoje. Alguém consegue imaginar, daqui a 50, 60 ou 100 anos, regravações de alguma “pérola” dos dias atuais?

Segundo que, para cada “Farofa-fá-fá”, bobagem que ficou entre as mais executadas no Brasil em 1975, temos inúmeros álbuns inteiros de qualidade esplendorosa, como “Clube da Esquina 2”, “Amor de Índio”, “Secos & Molhados”, e os primeiros discos de Belchior, Zé Ramalho e 14-Bis.

Isso para ficar apenas no cenário nacional – seria covardia fazer a comparação como um todo. Na imagem, observem o naipe das músicas mais executadas há 50 anos – e hoje.

E tirem suas próprias conclusões.

P.S. As listas nas imagens foram retiradas do site Músicas Mais Tocadas – basta acessar e pôr o ano que desejar.

Joseph Agamol

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

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