3 de dezembro de 2024
Colunistas Joseph Agamol

Hoje lembrei de Charlton Heston

Por nada em especial e, ao mesmo tempo, por tudo…

Foto: David Sutton

Charlton foi um dos heróis de minha infância: até hoje, “Planeta dos Macacos”, de 1968, é um dos meus filmes preferidos. Se só tivesse feito o “Planeta”, Charlton Heston já teria seu nome gravado em uma lista de grandes atores e grande personagens. Mas o cara interpretou, nada menos, que Ben Hur e Moisés, fazendo de cada um desses trabalhos as versões definitivas e insuperáveis.

Mas penso que o melhor de Charlton Heston sempre foi além das telinhas e telonas. Charlton Heston transcendeu o status de mero astro hollywoodiano para se tornar, ao mesmo tempo, o ícone de uma era e a antítese de outra.

Charlton Heston personificou, como Sean Connery, Paul Newman, John Wayne, Steve McQueen e Clint Eastwood, uma era de ouro de homens – uma era que caminha para o ocaso. De homens aos quais eram dadas missões – e das quais eles se desincumbiam. De homens guardiões – da lei, da honra, da fé, da família, da amizade e do amor.

Ao mesmo tempo, por oposição, Charlton – e todos os acima citados – tornou-se a antítese da era em que vivemos, de homens de marshmellow, que afundam e desmancham ao mínimo toque, à mínima contrariedade, ao mínimo.

Charlton Heston e os outros de sua Era de Ouro caminharam na estrada até o pôr do sol.

Torçamos para um amanhecer.

Joseph Agamol

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

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Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

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