20 de maio de 2024
Colunistas Joseph Agamol

Eu fui um esquerdista juvenil

Imagem: Google Imagens – esquerdaweb

Sim, fui. Do tipo que usava estrelinha na mochila surrada e frequentava DCEs. Mas eu tenho uma justificativa, duas, aliás:

1 – parafraseando Jagger & Richards, o que mais um garoto pobre podia fazer a não ser se filiar ao PC?

2 – eu fui adolescente, e adolescentes… bem, vocês sabem, não?

Nunca fui propriamente doutrinado na escola – talvez porque professores dos anos 80 pareciam ser mais dedicados ao mister de ensinar suas disciplinas do que fazer cabeças juvenis. Anos mais tarde, já no curso de História, mergulhei de cabeça na bibliografia oficial – obviamente, integralmente fornada por autores marxistas.

Se a teoria me tornou esquerdista, foi a prática que me libertou: ao vislumbrar a vida adulta, e o maravilhoso mundo de boletos, dores e responsabilidades que a formam, foi que percebi a imensa, colossal, MAMÚTICA (gostaram dessa? Primeirão aí, hein?!) hipocrisia da esquerda, tanto internacional, quanto aqui no Principado do Bananistão.

A hipocrisia socialista, seja em sua ideologia, seja em sua práxis cotidiana, gritava aos olhos: mas eu era um adolescente, e, adolescentes… sacumé, né?, como diria o Cris – aquele que todo mundo odiava no seriado.

Qual é o corolário dessa minha pequena tese?

O Esquerdismo é um distúrbio tipicamente adolescente, como as espinhas, o onanismo e a paixão pelos Los Hermanos.

É só crescer que passa.

Joseph Agamol

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

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