Vou logo avisando: a série da Amazon Prime não tem ação, não tem tiro, pancada e bomba. O que tem? Um delicioso humor sutil e leve, que a gente só percebe como faz falta quando se depara com ele.
Tem pitadas generosas de cultura judaica, já que a protagonista, Miriam “Midge” Maisel, magnificamente interpretada pela linda Rachel Brosnahan, é judia, assim como sua família e a de seu (ex) marido.
Tem um elenco afiadíssimo e competentíssimo, com destaque para a ótima Alex Borstein, que vive a agente de Midge.
Tem também Tony Shalhoub – vocês talvez lembrem dele como o detetive Monk: aquele que tinha TOC. E Tony Shalhoub por si só já seria motivo.
Tem cenas deliciosas de uma Nova York recriada no fim dos anos 50 – e uma trilha sonora tão deliciosa quanto.
A história? O confortável mundo classe média de Midge desmorona quando o marido pede divórcio. Sem saber o que fazer de sua vida, ela vai a um bar, bebe demais, e descobre um insuspeito talento para o stand-up comedy – e uma carreira, repleta de desafios nesse mundo masculino da comédia. E, de quebra, descobre também um novo sentido para a vida.
A série é ÓTIMA, por tudo que já relatei, por ser uma aula do modo de vida do final nos anos 50 e início dos 60, e por outras tantas surpresas ao longo de suas três temporadas – a 4 acabou de estrear. E teremos só mais uma, infelizmente.
Assistam – e depois me digam.
Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.