18 de maio de 2024
Colunistas Joseph Agamol

A canção da alegria

Na foto, de Lee Lockood, Elvis durante seu período de serviço no Exército dos U.S.A.

Penso que algumas canções são algo mais do que progressões adequadas de acordes e combinações certas de notas. Penso que algo especial aconteceu durante seus processos de composição. Um ingrediente secreto. Sei lá. É o caso de “Burning Love”, música composta por Dennis Linde, e gravada – e eternizada – por Elvis Presley, em 1972. Há 50 anos, portanto.

Acredito que seja impossível cantar “Burning Love” sem sorrir. Experimente. Vá ao You Tube e procure. Em absolutamente TODAS as versões cover da música – e são dezenas, talvez centenas – de Bruce Springsteen ao desenho “Lilo e Stitch”, passando por Melissa Etheridge, quem a canta parece estar vivendo uma alegria pura e verdadeira – talvez proveniente do tal “ingrediente secreto” que citei acima.

Quando estou mal, quando me sinto triste, quando os vapores sombrios da melancolia me abraçam, eu procuro por “Burning Love” e… é batata. As nuvens do Não-Bem se dissipam. “Burning Love” lembra dias ensolarados, o vento no cabelo e você dirigindo um Impala nos anos 70, a estrada aberta à sua frente.

Eu disse que é impossível ouvir “Burning Love” sem sorrir? É o “ingrediente”: “Burning Love” carrega em seu ritmo, suas notas e acordes uma centelha de D’us.

P.S. no primeiro comentário, o vídeo que motivou esse texto: uma jovem baterista, Lizzy Lambert, com seus 19 ou 20 anos, toca “Burning Love” com uma alegria no rosto que explica muito melhor o que eu quis dizer no texto.

No segundo, a versão original do Rei.

No terceiro, um cantor faz um cover e sua filha dança.

No quarto, uma montagem com momentos de Elvis.

Desfrutem. Tentem não sorrir.

Joseph Agamol

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

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