Salve o 7 de Setembro com o povo unido, comemorado o nosso destino como Nação!
Em 2023, a data será lembrada como o dia nacional do luto.
Alguns estados, no dia da nossa independência, enfrentaram uma devastadora calamidade pública.
No Rio Grande do Sul e no Paraná, um ciclone extratropical provocou inundações, deslizamentos, destruiu habitações, desabrigou milhares de famílias e causou óbitos.
Em Pernambuco, 24 municípios entraram em alerta vermelho com alagamentos.
Outros tantos municípios sofreram extensas emergências na maior tragédia climática do país.
As famílias vitimadas devem receber, a nossa e a dos leitores, compaixão e solidariedade.
Em Brasília, a ocupação dos hotéis de 73% do ano passado baixou para 43%, prenunciando que o feriado patriótico no céu ensolarado da capital seria surreal.
Mal o palaciano e a 1ª dama, exibindo um vestido vermelho partidário e ostentando um gesto analfabético, chegaram de Rolls-Royce para o desfile, fotógrafos e repórteres registraram que o milhão da multidão do ano passado na Esplanada tinha sumido e os militares, que “se apoderaram do verde-amarelo”, desfilariam para ninguém.
Notaram também a impaciência do mandante com a lerdeza dos ponteiros do relógio.
Pontualmente, às11.10h, o nosso “líder” se retirou apressado para cumprir o importante agendamento do dia, com sua habitual dispensa da ética da responsabilidade.
Afinal, depois do entediante festejo, tinha urgência de embarcar para Nova Déli, na Índia, e abandonar o pais na sua 18a viagem internacional, em apenas 8 meses no cargo.
Lá, como em outras capitais, suas desconexas intervenções, em plenário e suas delirantes entrevistas, desgastariam, ainda mais, a imagem do Brasil no cenário mundial.
O surreal 7 de setembro, numa Esplanada vazia, ecoou como uma calamidade nacional.
A população brasileira ficou em casa com vergonha de um país, sem governo e sem futuro.
Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.