Hoje está difícil escrever diário. Caiu o Ministro das Relações Exteriores. O Ministro da Defesa pediu demissão.

O pior é que hoje gostaria de dar uma boa notícia. Na minha opinião foi encontrado um remédio eficaz contra o coronavírus. Dois grandes laboratórios, Eli Lilly e Regeneron, encerraram seus testes de fase três com grande êxito. São remédios que curam a Covid-19 e não apenas encurtam o período de hospitalização.

Ambos são baseados em anticorpos mononucleicos, ambos são uma espécie de coquetel desses anticorpos. Na verdade, são sínteses de proteínas que existem em nosso organismo e combatem vírus, bactérias e até células com tumores.

Na verdade, talvez tenha estado aí o pulo do gato: as pesquisas contra o câncer que já estavam bem adiantadas acabaram estimulando o novo caminho,  a partir delas.

O remédio da Regeneron já foi testado em Trump, quando ele se contaminou no fim do mandato, na reta final das eleições.

Quanto aos ministros, a saída de Ernesto Araújo, um teórico da extrema direita, abre caminho para corrigir um pouco os descaminhos de nossa política externa. O Brasil se tornou um pária internacional. Bolsonaro gosta disso. Vamos ver se encontra alguém tão ruim quanto Ernesto Araújo ou se melhora um pouquinho.

Quanto à demissão do Ministro da Defesa, esta é um pouco mais complicada. Não sabemos neste momento as causas exatas. O Ministro Fernando Azevedo diz na carta de demissão que procurou defender as instituições de estado.

Há muitas interpretações desencontradas. Possivelmente o Ministro Fernando Azevedo foi convidado a se demitir para que houvesse espaço para um general mais chegado a Bolsonaro.

Isto é um mau sinal. Pode ser que o presidente abra espaço na Casa Civil e mande o general Braga Neto para a defesa.

No fundo, não creio ainda que isto fará muita diferença, exceto se alguém do Centrão for para a Casa Civil. Aí teríamos algumas mudanças a serem analisadas.

Por enquanto, deixo de lado um pouco essa confusão brasileira, e me atenho aos remédios bem sucedidos contra a Covid-19. O remédio contra Bolsonaro talvez seja descoberto apenas em 2022.

Soube que o laboratório Glaxo iniciou a fase 1 de um remédio também promissor.

De qualquer forma, as consequências dessas descobertas podem salvar muita gente. As pesquisas da fase 3, ao contrário das vacinas, trabalharam com voluntários com Covid-19. Certamente os remédios serão caros e monopolizados pelos países ricos. Ainda assim, nossas chances são maiores porque não é preciso comprar, como no caso da vacina, remédio para todo mundo, mas apenas para os doentes.

Amanhã, quando a poeira baixar, explico um pouco melhor toda essa confusão política. Será que adiantou a queda de Araújo? O novo Ministro da Defesa é uma ameaça?

Fonte: Blog do Gabeira