Uma boa notícia é o anúncio de uma vacina cem por cento brasileira contra o coronavírus.
A vacina do Butantã, usando métodos tradicionais de aplicação de um vírus inofensivo aos seres humanos, pode provocar a reação defensiva necessária para evitar a Covid-19.
O vírus ataca galinhas chama-se New Castle e pode ser reproduzido aos milhares quando cultivado em ovos.
Não deixa de ser uma demonstração da vitalidade da ciência brasileira apesar de todo o desprezo oficial por ela, todos os cortes de orçamento, todas as humilhações, todos os exílios forçados.
O Butantã prevê iniciar a aplicação em julho. Como ainda não foram cumpridas as fases 1 e 2, nem mesmo licenciadas pela Anvisa, terá de correr contra o tempo.
Hoje mesmo escrevia um artigo sobre as possibilidades de vacinação e estava contando, no segundo semestre, com alguma capacidade ociosa da Pfizer, Moderna e Johnson. Isto porque os EUA estão vacinando num ritmo de três milhões de doses por dia.
Mas a entrada da vacina brasileira, com um potencial de 40 milhões de doses, melhora as perspectivas.
A vacina brasileira totalmente financiada pelo governo de São Paulo terá repercussões políticas. Fortalece Dória e enfraquece Bolsonaro.
O vírus consegue derrotar presidentes, como se viu nos Estados Unidos. Não se sabe ainda se a vacina consegue elegê-los.
Hoje assisti a um ato virtual de apoio à CPI da Pandemia e também de apoio a Felipe Neto, que seria processado por chamar Bolsonaro de genocida.
Cada um tem direito de falar dois minutos. Infelizmente não pude esperar para usar os dois minutos em apoio à CPI, uma vez que no caso de Felipe Neto e outros que se expressam livremente já manifestei meu apoio pelo ar.
Dois minutos para defender a CPI da Pandemia é muito tempo. Basta dizer que temos um presidente negacionista com cerca de 12,5 milhões de infectados e 304 mil mortes. Se os deputados e senadores não são de Marte, vão compreender imediatamente.. Se forem de Marte, aí teríamos mesmo que usar mais de dois minutos.
Fonte: Blog do Gabeira