5 de maio de 2024
Claudio Tonelli Colunistas

A arapuca eletrônica e a roleta russa de Bolsonaro

A menos de uma semana do 2º turno a apreensão com o que poderá acontecer no dia 30 de outubro tomou conta do país.

Após um 1º turno no qual as suspeitas de fraudes se tornaram certeza para milhões de pessoas, em função da incoerência verificada entre os resultados da eleição para presidente e para os demais cargos, a urna eletrônica, que já não gozava da confiança do eleitor, passou a ser vista como uma arapuca prestes a se fechar a qualquer momento.

Independentemente da questão da desconfiança, se é ou não justificada, o fato é que as urnas eletrônicas não possuem a capacidade de atender a uma exigência básica inerente a qualquer eleição que se intitule democrática, no caso a necessidade de transparência na etapa da apuração dos resultados.

Após ter afirmado que Lula só não ganhou no 1º turno por um milagre, Bolsonaro não deveria aceitar em nenhuma hipótese participar do 2º turno com urnas eletrônicas sabotadas pelo STF e carregadas com programas manipulados pelo TSE, especialmente pelo fato deste estar sendo presidido por Alexandre de Moraes, cuja conduta e parcialidade dispensam comentários.

É necessário que se diga que foi a partir da intervenção dos ministros do STF que a urna eletrônica perdeu sua capacidade de imprimir os votos, pelo que passou a condição de inapta e portanto inabilitada para ser utilizada nas eleições, desde que a falta do registro material do voto aniquilou por completo a possibilidade dos votos serem contados publicamente, como determina o artigo 37 da Constituição.

Como candidato, Bolsonaro jamais deveria abrir mão de seu direito inalienável e consagrado de contar individualmente cada um dos votos que lhe foi atribuído por seus eleitores. Certamente nenhum ou quase nenhum deles confia em Alexandre de Moraes e no TSE.

Não faz o menor sentido confiar em quem age da forma como está agindo o tribunal, impondo um sistema de votação ilegal, censurando e perseguindo os apoiadores do Presidente e os que ousam denunciar a farsa da urna eletrônica.

Primeiro porque lhe é garantido o direito de fiscalizar de forma ampla e irrestrita a etapa da apuração dos resultados, conforme disposto no Artigo 221 do Código Eleitoral

Em segundo lugar pelo fato de que a Contagem Pública dos votos é uma condição imposta pelos Princípios Constitucionais da Publicidade e da Moralidade.

E em terceiro porque a Lei Federal criminaliza a violação do escrutínio, o que é exatamente o que o TSE está fazendo ao impor a utilização de um equipamento incapaz de garantir a contagem individual e Pública dos votos

Portanto, caso não tome providências imediatamente e aceite novamente participar de uma eleição na qual abrirá mão de contar os votos, confiando ao TSE a responsabilidade única de apurar os resultados, Bolsonaro estará se colocando em uma situação de alto risco.

Situação equivalente a de um irresponsável que, inebriado com o sucesso e com a fama, acredita piamente na sorte e aceita participar de um jogo de roleta russa na qual a arma foi carregada em segredo pelo seu pior inimigo, aquele que vem lhe perseguindo de forma vil e covarde diuturnamente.

O problema é que, no caso concreto que se desenrola, caso o revólver armado pelo inimigo (sabe-se lá com quantas balas) venha a disparar, não serão apenas os miolos de Bolsonaro que irão pelos ares.

A “eleição” de Lula ao cargo de Presidente da República será a concretização de um golpe de Estado muito bem planejado por ele e pelos ministros que indicou, junto com FHC, Dilma e Temer, ao STF.

Na hipótese da fraude ser bem sucedida, não terá sido a toa o motivo pelo qual os Ministros do STF trabalharam com tanto afinco para retirar do sistema eletrônico de votação a capacidade de imprimir os votos.

A volta do PT ao comando da Nação será semelhante à destruição causada por uma bomba nuclear dez vezes mais potente do que a de Hiroshima.

Antes de arriscar sua pele, participando de uma roleta russa com uma arapuca armada por Alexandre de Moraes, Bolsonaro deveria pensar nos milhões de Brasileiros que poderão ser atingidos por esta catástrofe em potencial.

Se desejar evitar se expor e colocar em risco a Soberania Nacional e o povo brasileiro, basta que Bolsonaro se utilize da caneta Bic que o acompanha e faça bom uso dela, amparado pela espada da Lei e pelo escudo da Constituição.

De acordo com o Artigo 84 da Carta Magna, o Presidente, na prerrogativa de suas atribuições, pode editar um Decreto Presidencial que obrigue a utilização das cédulas de papel no 2º turno das eleições, ainda que parcialmente, de modo a que esteja garantida a contagem pública dos votos em pelo menos uma parte das seções eleitorais.

Caso isso venha a ocorrer, existirá ao menos um parâmetro a ser comparado com os números divulgados pelos Boletins de Urna, que não podem ser auditados. Caso isso não ocorra, não será possível sequer questionar os números impressos nos BUs, pois não existirá parâmetro algum a ser comparado com os resultados apurados secretamente pelo sistema eletrônico de votação.

Ao povo brasileiro, em diversas ocasiões, foi dito por Bolsonaro que as eleições iriam transcorrer dentro das quatro linhas da Constituição. Pois é chegada a hora de se cumprir com a promessa e fazer com que as eleições transcorram com a transparência, a segurança e a lisura necessária para que os resultados sejam legítimos e que uma eventual fraude não venha significar a concretização de um golpe de Estado muito bem planejado e articulado por Lula em associação com os Ministros do STF, os mesmos que o descondenaram e o reabilitaram para concorrer à Presidência da República.

Atenção Presidente Bolsonaro, o povo brasileiro vos roga: por favor não aceite jogar roleta russa com uma arma ilegal carregada por Alexandre de Moraes. Faça valer sua autoridade e garanta a lisura do processo eleitoral, impondo através de um Decreto, em respeito e obediência à Constituição, a utilização das cédulas de papel, alternativa contingencial prevista em Lei, único meio capaz de garantir a transparência e a lisura no 2º turno das eleições.

Claudio Tonelli

Administrador e Consultor de Empresas, ativista político e estudioso de fraude eleitoral.

Administrador e Consultor de Empresas, ativista político e estudioso de fraude eleitoral.

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