A Taça Libertadores não será apenas uma grande conquista para o Fluminense mas, paixões à parte, dará um charme especial a ela.


Tudo levava a crer que “32 minutos do segundo tempo” passaria a ser a marca indelével da esperança nos corações tricolores. Se aquele gol, naquela hora, naquele palco, naquelas circunstâncias fossem transformados em filme, o roteirista, certamente, teria abusado da dramaturgia. German Cano não só empatou. German Cano reacendeu, ressuscitou, transcendeu e cravou as melhores expectações para um curto e, ao mesmo tempo, interminável futuro de sete dias.
O futuro chegou e o mesmo German Cano desbancou os 32 e elegeu, os 41 minutos do segundo tempo, como a nova e definitiva marca da esperança ao desbancar o Internacional em seus domínios históricos de tradição e glória, e nos credenciar ao nosso maior sonho desde 21 de julho de 1902.
Dia 4 de novembro de 2023 será a reedição de mais uma grande final rumo à “Glória Eterna”.
E nunca é tarde para pegar uma velha história e escrever um novo final. Nossa torcida novamente estará lá renovada em esperança. “Uma torcida não vale a pena pela sua expressão numérica. Ela vive e influi no destino das batalhas pela força do sentimento. E a torcida tricolor leva um imperecível estandarte de paixão”.
“Ser tricolor não é uma questão de gosto ou opção, mas um acontecimento de fundo metafísico, um arranjo cósmico ao qual não se pode – e nem se deseja – fugir.” Se tivermos apenas 1% de chance, como já tivemos um dia, jamais nos abalaremos pois teremos sempre 99% de fé.
Portanto, bate, outra vez, com esperanças o meu coração, pois já vai terminando você, Libertadores. E, enfim, volto ao Maracanã com a certeza que devo sorrir, pois bem sei que queres ficar para mim.
Lutem, guerreiros! Corram firmes em direção às suas metas e propósitos porque o pensamento cria, o desejo atrai e a fé realiza.
E aos nossos grandes imortais Nelson Rodrigues e Cartola, muito obrigado por enriquecerem esse texto rumo ao sonho de conquistar a América.
Saudações Tricolores.