28 de abril de 2024
Carlos Eduardo Leão Colunistas

49 dias depois

Que possamos bradar orgulhosos “40 anos em 49 dias”!

A crônica é um gênero literário curto, híbrido, escrito normalmente em 1ª pessoa em que o narrador demonstra uma instigante cumplicidade com o seu leitor podendo ou não encontrar ressonância nele. Por essa máxima razão, o cronista está sempre sujeito às mais variadas críticas, boas ou más, já que se “desnuda” literariamente diante do seu público, oferecendo as duas faces da sua cara à tapas de variadas magnitudes ou afagos enternecedores. Uma opção de erudição, diria, de alto risco.

O cronista vive da inspiração que, em última análise, é o conselho da alma, a sugestão do coração mas sempre e necessariamente sob forte influência da razão. Confesso estar difícil inspirar-me em coisas que valham a pena dada à situação por que passa o Brasil desde 30 de outubro passado. 

São 49 dias tão intensos, tão cheios de alternativas, tão abarrotados de narrativas e tão repletos de um patriotismo sem precedentes na sofrida história política do país que mereciam um texto a cada 24 horas que descrevesse a luta diuturna desse povo bravo que vem superando qualquer intempérie pela decência e liberdade da pátria. Que exemplo extraordinário de resiliência, esperança, pertinácia, coragem e fé que estamos dando ao mundo! Que futebol? Que samba? Patriotismo é a nossa marca, hoje reconhecida, carimbada e registrada nos Cartórios do mundo.

Se queremos um milagre, que sejamos o milagre. Se estamos pedindo coragem para continuarmos a luta, Deus está nos dando a oportunidade de sermos corajosos. Se estamos pedindo pela pacificação da pátria, Deus está dando a oportunidade a um homem de pacifica-la. 

O comunismo ou socialismo que seja, tem a infame capacidade de colocar uma nação de joelhos. É sujo, é cruel, é dissimulado, é ardiloso. Não fica de joelhos, porém, a nação que, mesmo ludibriada, aviltada e sofrendo por alguns dias, tem a capacidade de assimilar o golpe, reunir forças, continuar a luta, saber do seu valor, da sua capacidade de indignar-se e, sobretudo, da sua ojeriza à covardia própria dos submissos, dos impotentes e dos vendilhões conformados. 

Concluo com uma frase lapidar que tanto se encaixa no que hoje vivenciamos. “Os pensamentos se tornam palavras. Cuidado com elas, já que podem se transformar em ações. Estas, por sua vez, podem se tornar hábitos. Cuidado com os seus hábitos. Eles se tornam seu caráter. E muito cuidado com o seu caráter. Ele se torna o seu destino. Nós nos tornamos o que pensamos.” 

Não tenho dúvida do que pensamos na frente dos QGs, Brasil afora.

“Irmãos, o que fazemos na vida ecoa na eternidade”. 

Carlos Eduardo Leão

Cirurgião Plástico em BH e Cronista do Blog do Leão

Cirurgião Plástico em BH e Cronista do Blog do Leão

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