Amigos, quando prestei concurso para o Banco do Brasil tinham mais ou menos 15 mil candidatos. Isso foi em em maio de 1973 para 700 vagas.
Já procurei no Google para confirmar, mas nada encontrei. Dessa forma, posso estar equivocada.
Bom, a minha colocação foi em 636º lugar.
Eu fiz de tudo para não passar. A prova era na Escola Técnica e fui para o Colégio Militar.
Fui andando a passo de cágado para o local correto e fui a última a entrar sem ficha de inscrição, caneta, nada, apenas a minha carteira de identidade.
Eu trabalhava em uma entidade filantrópica voltada para educação de base e nem pensava em trabalhar em um banco.
Só que a vaidade falou mais alto e eu não iria responder errado.
Além do mais, o meu concurso entrou para a história do Banco, porque queriam fazer uma fila indiana em um domingo Dia das Mães para fazer a prova de datilografia. Uma confusão danada com direito à polícia militar.
Eu calma pensando “vou para casa ou não vou?”.
Decidi ir embora, só que a confusão piorou mais ainda e eu fui empurrada até a porta da agência Centro-Rio, hoje o CCBB.
Um senhor me puxou e eu entrei para fazer a prova, absolutamente calma.
O banco depois quis dar uma oportunidade para quem se sentiu prejudicado e eu nem quis saber.
O interessante é que o meu querido marido Vilhena prestou o mesmo concurso, então devíamos ter estado no mesmo furdunço.
Algum tempo depois ele casou. Se separou, eu namorei, me apaixonei e não deu certo e em 1982 nos “descobrimos”, mesmo trabalhando cinco anos no mesmo local.
Tudo que eu tenho na vida eu agradeço ao Banco do Brasil.
Marido, filha, filho-enteado, netos e os maiores amigos que eu poderia ter na vida. Diria que 70% dos meus amigos são do BB. Obrigada Deus!