5 de maio de 2024
Adriano de Aquino Colunistas

Curiosidades genéricas

Quem acompanha o posicionamento das nadadoras de alto nível, no tocante a participação de mulheres trans nas competições regionais, nacionais e internacionais, está a par das minúcias que cercam o tema.

Veículos de mídia entraram no debate de maneira desonesta, vazando nas entrelinhas das matérias que as nadadoras que protestam contra a inserção de trans nas competições femininas, são atletas de “extrema direita”.

Aspas para a militância midiática que há tempos vêm se empenhando em abortar a consciência dos cidadãos sobre causas justas, rotulando opositores e manifestantes como “reacionários, nazistas, fascistas e extrema direita”.

Essa campanha difamatória, aposta na ignorância generalizada do grande público que desconhece totalmente o significado histórico/ideológico desses termos.

Para os editores militantes essa alienação é forte aliada na manipulação da mentalidade acrítica e superficial, entregue aos ditames da comunicação social, aos rótulos e marcas de fantasia que formatam o senso comum.

Para mim, que acompanho e admiro a luta das nadadoras que exigem paridade biológica nas disputas esportivas, essas atitudes são corajosas,justas e corretas.

Elas conseguiram algumas vitórias,porém, episódicas.

Em 2022: “A Federação Internacional de Natação (Fina) anunciou no domingo (19/6) a decisão de barrar a participação de atletas transgênero das competições de elite em categorias femininas caso tenham passado por alguma das etapas da puberdade masculina.”(BBC)

Em 2023: “Uma estrutura para transgêneros e diferenças no desenvolvimento sexual de atletas foi aprovada pelo COI em novembro de 2021. As diretrizes não exigem mais que os atletas transgênero reduzam seus níveis de testosterona e recomendam mais flexibilidade às Federações Internacionais.”

O ‘vai e volta’ nas decisões do Comitê Olímpico, só faz aumentar a ansiedade das atletas que dia a dia perdem a esperança em uma solução técnica específica e se estende em debates intermináveis de política de gênero

Uma nadadora comentou um experimento que ela entendia como positivo poderia ser um ‘divisor de águas’ nas piscinas olímpicas.

“Só que não!”

Segundo ela, muitas nadadoras curtiram o anúncio público de uma competição exclusiva para nadadoras trans.

O evento, que trouxe muitas esperanças para a solução do problema, fracassou por falta de competidoras ….trans.

A nadadora que postou essa nota será sumariamente condenada pela mídia como mais uma “reacionária, nazista, fascista de extrema direita”?

Sua atitude será rotulada como uma jogada maliciosa para desmoralizar o COI e, de tabela, discriminar as nadadoras trans?

Publiquem à exaustão o que bem entendam como “politicamente correto”.

Mas, estejam certos de uma coisa; a consciência que busca justiça é uma chama poderosa que aquece corações e mentes e expande a resistência em prol da causa feminina como categoria especifica.

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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