19 de abril de 2024
Adriano de Aquino Colunistas

A “preocupação” de Fachin

G1“O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu em decisão liminar (provisória) a realização de operações policiais em comunidades do Rio durante a pandemia do novo coronavírus. A decisão é desta sexta-feira 05/06/2020”

O noticiário de hoje destaca alguns pontos sobre o combate entre policiais e a bandidagem na Vila Cruzeiro/ Rio de Janeiro, com grande saldo de mortes.

Um fato único com resultado tão significativo resulta em matérias sensacionalistas.

Porém, o fato mais relevante é que episódios isolados de grande violência, que somados resultam em número expressivo de mortes, acontecem todos os dias no Estado. Por não terem tanto impacto midiático, acabam minimizados.

Hoje, O Globo destaca: “Fachin diz ver operação na Vila Cruzeiro que deixou 25 mortos com ‘muita preocupação’…”

Francamente! Parece deboche.

O cidadão fluminense está mais que preocupado.

A situação da segurança pública no Estado é apavorante.

O cidadão fluminense convive diariamente com a perspectiva assustadora de ‘tragédias anunciadas’, como a que ocorreu na Vila Cruzeiro.

Ver um ministro do STF atuar como gestor da segurança pública do Estado, se dizer “preocupado” com um confronto que aconteceu na Vila Cruzeiro é, no mínimo, revoltante.

O Rio de Janeiro tem milhões de habitantes que merecem mais que a simples“preocupação” de um ministro do supremo.

Eles merecem atenção e respeito.

Até porque, há muito tempo, corre de boca a boca que a decisão do ministro deu margem ao que os populares apelidaram de ‘faixa de gaza’, livre de ações policiais, por onde transitam não apenas drogas e armas pesadas mas também um contingente de perigosos bandidos oriundos de outras regiões do país, como revela o site G1 AM, postado abaixo.

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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