29 de abril de 2024
Adriano de Aquino Colunistas

A feira do bairro

Ontem, na feira do bairro, fui surpreendido por uma mensagem impressa no papel que o feirante embalava o peixe.

Pera aí! Vai devagar, quero ler a mensagem antes.

Lá estava, impresso, em letras garrafais, no milionário jornal da província, algo assim: “Musk é um agente articulado com a extrema direita internacional para abalar a sólida democracia brasileira”

Por segundos refleti; caramba, essa milionária organização de entretenimento e propaganda tem histórico vínculo com articulações para tomada do poder. Conhece bem, por experiência própria, os códigos de uma conspiração em andamento. Hoje, certamente está amarrada em compromissos rentáveis com parceiros de ocasião.

Uau!

Eu, que evito produtos tóxicos, pedi gentilmente ao peixeiro para mudar a embalagem.

Sei lá! Tudo é possível.

Quem sabe o peixeiro faz parte de uma organização secreta empenhada em intoxicar produtos alimentícios.

É saudável nos prevenirmos contra envenenamento informacional.

Até porque, o jornal da província que publicou essa informação não é conhecido publicamente como um veículo da imprensa que tem forte compromisso com o jornalismo investigativo e a verdade.

Esse veículo de imprensa não tem autonomia sequer para investigar toscas organizações criminosas regionais, escrachadas e muito menos complexas do que uma trama internacional que envolve organizações sofisticadas e poderosas.

Em tempo: O peixe estava uma delícia.

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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