

Quem diria que, passados tantos anos, o 13 de dezembro de 1968, quando foi decretado o AI5, o Brasil voltaria a chorar e se revoltar com o arbítrio institucional, com atos de censura, privação dos direitos fundamentais da pessoa, perseguição política e exílio de cidadãos brasileiros?
A famosa frase ‘A história só se repete como farsa’ não é apenas um aforismo bacaninha, um insight.
Ela é real, e se consolida na pesada atmosfera da opressão e medo.
Também não é um pesadelo paranoico.
É um alerta para o amplo sentido da farsa que se pretende uma virtude, em ‘defesa da democracia’, ao custo de privar cidadãos da garantia constitucional, do direito de opinião e manifestação.


Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial “Em Busca da Essência” Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.