Imagem: Google Imagens – Agência Brasil (meramente ilustrativa)
Queridos amigos do Boletim. Se vocês acham que o Brasil é o campeão em novelas, é porque não acompanham o Brexit que começou em junho de 2016 e, até agora, o Reino Unido e a União Europeia ainda não chegaram a um acordo.
Depois de muita discussão, os dois protagonistas concordaram que 13/12 seria a data final para assinar um acordo do divorcio, já que com acordo ou sem acordo, o Reino Unido estará oficialmente fora da UE dia 31/12. Ficamos na expectativa…
Dia 13/12, Boris Johnson e Ursula von der Leyen (Primeiro Ministro do Reino Unido e a Presidente da Comissão da União Europeia, respectivamente) anunciam que não conseguiram chegar a acordo nenhum e adiam a data final para o último dia do ano. Fala sério!
A questão é que nenhum dos dois lados quer assumir as consequências que virão caso eles não entrem em acordo quanto a relação comercial e a pesca nas águas do Reino Unido. É isso mesmo. Pescaria!
Tem sido um fuzuê danado por aqui para decidir quem vai poder pescar em águas britânicas, o quanto será permitido e onde o produto poderá ser vendido. Por exemplo: se não houver acordo, os pesqueiros britânicos terão que pagar uma taxa para poder vender os peixes aos países europeus que, por sua vez, não poderão pescar em águas britânicas. Embora a pesca represente apenas 1% da economia de ambos os lados, há quem dependa exclusivamente do setor que emprega 12 mil pessoas.
O acordo bilateral é outra conversa que vem sido debatida há mais de quatro anos e até agora nada. Se não houver acordo, o consumidor pode esperar aumento nos preços dos produtos europeus (que hoje não possui taxa de importação). Por outro lado, o governo já fechou acordo comercial com cerca de 50 dos 70 países fora da União Europeia. Estes acordos já existem com países europeus, mas deixariam de ter validade para o Reino Unido a partir de janeiro de 2021.
Obviamente, são discussões sérias que envolvem a vida de milhões de pessoas, mas quase cinco anos de conversa parece um pouco demais. Para ser justa, depois que os britânicos votaram a favor do Brexit, em Junho de 2016, o diálogo em torno dos acordos comerciais só começou mesmo em 2017. Ou seja, na ponta do lápis são quase quatro anos. Não muda muito…
Por falar em mudança, vamos mudar de assunto e falar sobre a vacina contra o COVID-19… Ai, ai, ai. Essa pega direto no dedo mIndinho do meu pé.
O Reino Unido saiu na frente e, no dia 08/12, entrou para a história vacinando a primeira pessoa no mundo contra COVID-19. Uma paciente de 90 anos, muito corajosa, se me permite dizer.
Atirem em mim se quiser, mas eu não vou tomar a vacina. Pelo menos não por enquanto. Meus motivos são bem básicos e certamente estúpidos para os profissionais de saúde, mas eu simplesmente não confio que os laboratórios tenham exaurido todos os testes.
Eu sei que o mundo inteiro já disse que a vacina é confiável, que embora o processo tenha levado apenas dez meses (o que é insanamente menor do que dez anos que normalmente se leva para colocar uma nova vacina no mercado), a justificativa é que a demora maior normalmente é causada pela burocracia que, no caso do COVID-19, houve quase nada por razões óbvias. Hum… sei. Continuo não confiando.
O governo britânico estipulou uma lista de pacientes que receberão a vacina por ordem de prioridade. Eu me incluo na última categoria desta primeira fase (acima dos 50 anos) e devem me contactar em breve oferecendo a vacina.
Caro NHS (o equivalente ao SUS aqui), pode passar as minhas doses (são duas) para quem quiser. Tenho certeza de que tem muita gente na fila.
Posso estar dando um tiro no pé. Posso estar sendo terrivelmente insensível com aqueles que perderam amigos e parentes para esta doença, mas tenho o direito de dizer não para uma manobra que mais parece corrida política de interesses obscuros do que legítima causa.
No meu humilde entender, há uma gripe que, como tantas outras, pode causar complicações, inclusive a morte. Disso, sabemos. Mas sabemos quais são os efeitos desta vacina a longo prazo?
PS: mal começaram a aplicar as vacinas e já saiu um comunicado alterando para quem tiver histórico de alergias a alimentos ou medicamento, para NÃO TOMAR A VACINA. Vamos ver o que mais vão descobrir nos próximos capítulos.
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