18 de outubro de 2024
Veículos

Audi A4 e A5 voltam a ser integrais no Brasil

Consagrado sistema de tração quattro – que atua em permanentemente em todas as rodas, de acordo com a necessidade, retorna como item de série por a partir de R$ 334 mil.

Diferentemente do que o trocadilho infame do título desde post possa sugerir, os novos Audi A4 e A5 que a marca alemã passa a importar aqui para o Brasil não têm nada de “natural” e, se representam algum ganho de sustentabilidade em relação à linha anterior, este tem a ver com seu comportamento no asfalto – e não no que ser refira ao meio ambiente. Isso porque, após algumas temporadas chegando aqui apenas em opções com tração das rodas dianteiras, ambos agora trazem o renomado sistema quattro (que fazem questão de grafar, sempre, em minúsculas e com um ®, de marca registrada) de série. E isso é ótimo.

Porque, por melhores que sejam esses carros da Audi – e eles são bons, mesmo –, sem a tração integral permanente sob demanda que levou a marca à galeria dos fabricantes de esportivos de verdade, eles poderiam ser classificados como ótimos modelos potentes de luxo genéricos. A Audi tem, sim, alguma personalidade própria, mas grande parte dessa personalidade vem justamente do primeiro modelo Quattro (este, com inicial maiúscula, na foto abaixo), produzido entre 1980 e 1991 e que, literalmente, mudou o panorama das pistas de rali – e, com ele, o status da própria Audi.

Vale dizer que naquele começo dos 1980s, muitas outras marcas já haviam tentado usar tração 4×4 em seus modelos de competição, e isso nem era uma grande novidade. A questão é que, mais do que ser um recurso para dar maior eficiência e controle ao piloto nos ralis, esse quattro da Audi era leve e, principalmente, não quebrava, suportando regimes de funcionamento severíssimos, por muitas e muitas centenas de quilômetros. E isso foi fundamental para que a marca ganhasse com ele uma série de campeonatos. Bom, motores turbinados de até mais de 500 cv de potência e pilotos geniais, como Stig Blomqvist, também ajudaram nisso, claro.

Sistema quattro é bom para rali, para pista e para o dia a dia

Daí você pode estar se perguntando o que esse sistema de tração integral, que faz uma tremenda diferença em condições extremas, como as de um rali, tem de tão bom assim para o nosso uso “civil” diário. Dando um passo atrás (ou à frente, dependendo do ponto de vista), ter força nas quatro rodas, dosada de acordo com a necessidade (demanda) de tração de cada uma delas, permite que se arranque e ande bem mais rápido em pistas asfaltadas de corrida, pois o ganho de estabilidade é também considerável.

Tudo isso resulta também em maior segurança, mesmo em situações “comuns”, como rodovias sob neve, gelo ou chuva, manobras rápidas para evitar acidentes etc. E você nem precisa estar em uma autobhan alemã, a mais de 250 km/h (como tive o prazer e a sorte de estar) para usufruir disso. De quebra, como a força é distribuída pelas rodas, de acordo com a necessidade de tração, carros assim também costumam gastar proporcionalmente menos pneus – ficou famosa a garantia para até 100 mil km que a japonesa Subaru, que também usa um sistema desse tipo (e também fez história nos ralis), dava para o desgaste dos pneumáticos de seus modelos nos EUA, nos anos 1990.

Além da tração nas quatro rodas, Audi A4 e A5 receberam retoques

Segundo a Audi, além da volta da tração integral de série, os modelos renovados trazem vários itens novos de acabamento, segurança, tecnologia e conforto, além de outros ajustes mecânicos que “aprimoraram o seu desempenho e levaram a sua dinâmica de condução a outro patamar”. Ambos estão sendo oferecidos com duas versões de acabamento.

Para o A5, é possível escolher entre as opções Sportback 2.0 TFSI Advanced (R$ 359.990) e Sportback 2.0 TFSI S line (R$ 394.990). Sportback, como dá para perceber nas fotos, é a traseira com desenho “em queda”, como os fastbacks dos anos 1960. Já o A4 – que é um três volumes tradicional – está nas lojas nas versões Sedan 2.0 TFSI Prestige (R$ 333.990) e Sedan 2.0 TFSI S line (R$ 359.990). Em todas elas, o conjunto mecânico é o mesmo, composto de um motor 2.0 Turbo FSI, 4 cilindros em linha, com 204 cv de potência e 32,6 kgfm de torque, e transmissão S tronic (com opção de trocas manuais) de sete velocidades – incluindo o já tão mencionado sistema quattro®, com marca registrada e tudo.

Segundo a Audi, com essa configuração, o A5 acelera de 0 a 100 km/h em 6,8 segundos – 0,4 segundo mais rápido que modelo com tração dianteira – e sua velocidade máxima é de 210 km/h, limitada eletronicamente. O A4 tem performance praticamente igual, sendo apenas um décimo de segundo mais rápido na aceleração – 0 a 100 km em 6,7 segundos.

Como é de se esperar em modelos da marca e dessa faixa de preços, a quantidade de recursos de conforto e a qualidade do acabamento desses carros impressiona. Peço desculpas aos leitores por não enumerá-los aqui, mas não tenho a ambição de concorrer com o material tão caprichosamente preparado pelo pessoal do marketing da Audi para descrevê-los todos – e você pode encontrar tudo isso aqui: https://www.audi.com.br/br.

fotos de divulgação

Fonte: Rebimboca Comunicação

Henrique Koifman

Jornalista, blogueiro e motorista amador.

Jornalista, blogueiro e motorista amador.

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