Uma aluna me perguntou há tempos sobre como eu definiria de forma resumida a ideologia conservadora. Eu comecei a responder descartando o termo “ideologia”, que, para mim, pressupõe um conjunto de pensamentos, palavras e atos que buscam quase sempre um fim revolucionário.
Nesse sentido, o Conservadorismo é praticamente impossível de definir ou enquadrar em um “pacote” ou uma “prateleira”, na medida em que é multifacetado, incorporando características variadas de acordo com as regiões, países, nações, onde existe.
Mas eu precisava responder à moça – e essa resposta não a satisfaria.
O Conservadorismo não AGE: ele REAGE, afirmei. Fica no substrato, aguardando o momento em que deverá emergir para salvar a sociedade. Mais ou menos como a lenda do rei Arthur. Ou do Preste João.
E finalizei com uma imagem, uma metáfora e uma parábola, tudo ao mesmo tempo:
Imagine o mundo que conhecemos, no qual crescemos e onde vivemos, ameaçado por hordas de hienas numerosas e barulhentas: são os adeptos das ideologias revolucionárias. Que buscam a destruição da ordem estabelecida – ainda que não tenham nada para pôr no lugar.
Agora imagine um único leão adulto, solitário, imponente e poderoso, surgindo para dispersá-las e manter o progresso verdadeiro e a harmonia – e os valores que passaram pelo teste dos tempos.
O conservador é esse leão.
Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.