16 de abril de 2024
Colunistas Joseph Agamol

O Conservadorismo é uma não-ideologia

Foto: Simon Needham

Uma aluna me perguntou há tempos sobre como eu definiria de forma resumida a ideologia conservadora. Eu comecei a responder descartando o termo “ideologia”, que, para mim, pressupõe um conjunto de pensamentos, palavras e atos que buscam quase sempre um fim revolucionário.

Nesse sentido, o Conservadorismo é praticamente impossível de definir ou enquadrar em um “pacote” ou uma “prateleira”, na medida em que é multifacetado, incorporando características variadas de acordo com as regiões, países, nações, onde existe.

Mas eu precisava responder à moça – e essa resposta não a satisfaria.

O Conservadorismo não AGE: ele REAGE, afirmei. Fica no substrato, aguardando o momento em que deverá emergir para salvar a sociedade. Mais ou menos como a lenda do rei Arthur. Ou do Preste João.

E finalizei com uma imagem, uma metáfora e uma parábola, tudo ao mesmo tempo:

Imagine o mundo que conhecemos, no qual crescemos e onde vivemos, ameaçado por hordas de hienas numerosas e barulhentas: são os adeptos das ideologias revolucionárias. Que buscam a destruição da ordem estabelecida – ainda que não tenham nada para pôr no lugar.

Agora imagine um único leão adulto, solitário, imponente e poderoso, surgindo para dispersá-las e manter o progresso verdadeiro e a harmonia – e os valores que passaram pelo teste dos tempos.

O conservador é esse leão.

Joseph Agamol

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

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