Um homem caminhava por uma praia da Barbacena e tropeçou numa velha lâmpada maravilhosa, jovem e gostosa. Ele pegou-a, esfregou-a, lambeu-a, chupou-a e um gênio dela saltou. O gênio disse:
– Ok, você me libertou da lâmpada, blá, blá, blá. Esta é a quarta vez este mês e eu estou ficando enjoado destes pedidos enfadonhos e ciumentos; então você pode esquecer aquela história de três desejos: você tem direito a apenas um desejo e ponto final. O homem sentou e pensou por um instante. Depois disse:
– Eu sempre quis ir para o Havaí, sem os engenheiros, que são muito chatos, mas tenho um medo danado de voar e no mar costumo ficar enjoado. Você poderia construir uma ponte até lá, para que eu pudesse ir dirigindo?
O gênio riu muito e disse:
– Isto é impossível. Pense na logística do assunto. Como as colunas de sustentação alcançariam o fundo do oceano pacífico? Pense em quanto concreto… Quanto aço. Que mão de obra. Não, de jeito nenhum! Ponte não dá! Pense em outro desejo.
O homem disse que tudo bem e tentou pensar em um desejo realmente bom. Ele disse então:
– Fui casado e me divorciei quatro vezes. Minhas esposas sempre disseram que eu não me importava com elas e que sou um insensível. Então, meu desejo é que eu possa entender as mulheres… Saber como elas se sentem por dentro e o que elas estão pensando e fazendo quando elas não falam com a gente… Quando somem na sexta-feira e nem mensagem respondem. Saber por que elas estão chorando ou rindo. Saber o que elas realmente querem quando não dizem nada… Saber como fazê-las realmente felizes…
O gênio borrou-se, gargalhou, pediu clemência e misericórdia. Quando voltou a si, 45 séculos depois, desabafou:
– Assim não dá, você quer minha ruína, quer me derrubar, não faço milagres, isso é departamento de Deus, peça algo concreto.
– Eu gostaria de ver Lula e Dilma na cadeia e que o PT fosse honesto e ético.
O gênio:
— Você quer a porra desta ponte com duas ou quatro pistas?
Jornalista, escritor, escreveu no Jornal O Tempo e já publicou dois livros.