Brilhante o desempenho do ministro da Justiça, Sergio Moro, na audiência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Seguro, preparado e ético, calou os parlamentares “a favor do contra”. Deprimente assistir aos deselegantes senadores petistas et caterva preocupados tão somente em agredir o depoente, inquirindo-o com perguntas baseadas em caduco noticiário comprovadamente fake para atingir a família do ministro.
Eu entendo que Moro apenas orientou os procuradores da Lava-Jato quanto à forma como deveriam ser conduzidas as investigações para que as provas apresentadas fossem contundentes e não restassem dúvidas quanto aos pedidos de condenação por crimes cometidos. Ele foi assessor da ministra Rosa Weber no processo do mensalão, tendo em vista que fez cursos no exterior sobre técnicas de lavagem de dinheiro e como atuam os criminosos. Não poderia atuar de forma diferente, tendo em vista a solicitação de um colega, também advogado e procurador do Estado.
Durante meu curso de direito, logo após minha prova para a OAB, iniciando minha carreira como advogado, por diversas vezes procurei os juízes e desembargadores, que foram meus professores, pedindo conselhos e orientações sobre como proceder em determinadas ações ou mesmo em atos judiciais. Isso sempre me foi fornecido, não só a mim, como também a diversos colegas que assim como eu, também pediram orientação. Estou falando da década de 70. Estariam os senhores Juízes e Desembargadores sendo antiéticos ou criminosos, ou apenas ajudando a um ex-aluno, recém-formado que pedia orientação?
Em sua coluna (“A Justiça cega”, 18 de junho, em O Globo), Gil Castello Branco desnudou o comportamento contraditório e indevido de alguns ministros e desembargadores do STF e TST, os mesmos que agora criticam o juiz Sergio Moro e procuradores da Lava-Jato por informações, não confirmadas, divulgadas por um site sem declarar as fontes. Já os procedimentos citados pelo colunista têm fontes, datas, valores e nomes comprovados das decisões suspeitas dos ministros. Deliberadamente, eles julgaram ações de réus com quem tinham interesses, sem se declararem impedidos, dando-lhes ganhos de causa. Por que não foram chamados ao Senado para se submeter ao mesmo “paredão” que o ministro Moro?
É revoltante o cinismo de juristas, advogados e juízes quando se comportam como seres superiores, ultrajados pelo que chamam de comportamento inadequado de Moro e Dallagnol. Esquecem suas festas, viagens e jantares entre juízes e advogados, amizades entre partes que depois estarão no tribunal. Esquecem que a rede de corrupção que a Lava jato denunciou não é composta de bandidos inocentes, mas de sagazes ladrões de dinheiro público. Deviam se envergonhar de tanta hipocrisia e oportunismo.
Enfim, só nos resta pensar que os diálogos entre Moro e Dallagnol demonstram, definitivamente, que: Lula é inocente; não houve corrupção na Petrobras; nem desvios nos fundos de pensão; que a Lua é plana; os comunistas são nazistas e vice-versa; e que o Rio de Janeiro não é uma esculhambação.
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